Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2005Crônicas

Quem tem…

(Em sua única manifestação de lucidez até agora, Fernando Gabeira, o deputado seqüestrador que quer liberar a maconha para quem quiser se intoxicar sem ver seu traficante na cadeia, confessa e entrega os companheiros:

— Na política brasileira, só existe amor-próprio. Os políticos amam muito a si mesmos e, por isso, fazem de tudo para enriquecer.

Aconteceu num debate com o diretor teatral Moacyr Góes e a platéia da peça “Os justos”, ao responder se há amor pelo País na política. E ninguém perguntou: “O que é isso companheiro!?). É isso mesmo.

Agora, vamos falar de gente séria, os médicos que precisam de ajuda para alertar os homens — homens que precisam de ajuda, mas a ignoram.

Amigos, não basta examinar, tem de tocar. É o último toque da medicina; até o toque ginecológico, parece, já tem alternativa (não sei qual, mas tem). Você que diz amar a vida, mas foge da salvação, olha o que saiu nos jornais pela enésima vez, mas ninguém liga:

“Exame de PSA não exclui o de toque retal para ver se há câncer de próstata”. Leram!!! A pesquisa combate o hábito de muitos médicos de dispensar o exame do toque retal em homens com nível de PSA inferior a 4 ng/ml. No estudo, a equipe liderada pelo médico Caleb Bozeman, da Universidade do Estado da Louisiana, em Shreveport, identificou 916 pacientes com anormalidade detectada pelo exame de toque e PSA menor que 4 ng/ml. Pois é: mesmo com o exame dando negativo, 81 homens estavam com câncer. Por isso, exija que seu médico ponha o dedo onde deve.

Deixe que digam, que pensem, que falem; deixe isso pra lá; vai pra lá, o que é quem tem? Você não está fazendo nada demais. E o médico está fazendo tudo para salvar você. Se é ruim para o paciente, imagine para o doutor. Ou você prefere que seja uma doutora? Já pensou se ela usar unhas compridas? É melhor brincar um pouco, para ver se cai o preconceito — e trate de se cuidar. Mesmo sendo campineiro, ou por isso mesmo, dê o exemplo.

Pregado no poste: “Inclusão digital é outra coisa…”

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