Ontem e hoje
A Meyre Raquel Tosi, ‘La’ Fênix, vale-se da sua condição privilegiada de bibliotecária-mor da Puccamp para mostrar às amigas que, um dia, o mundo já foi dos homens. Saudade, ‘La’?
“Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas”. (Jornal das Moças, 1957)
É melhor irritá-lo com cerveja sem gelo e dizer que sua mãe está para chegar.
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo”. (Revista Claudia, 1962)
Hillary Clinton acariciava o pecoço do Bill atrás de batom no colarinho, enquanto o FBI achava mancha de outra coisa no vestido da Monika.
“A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa”. (Jornal das Moças, 1965)
Afinal, a banheira da vizinha é sempre mais gorda…
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas”. (Jornal das Moças, 1959)
Mesmo que a empregada diga que está grávida dele.
“Se o seu marido fuma, não discuta pelo simples facto de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa”. (Jornal das Moças, 1957)
Se eu acender um cigarro perto dela, todos os cinzeiros virão sobre minha cabeça…
“Noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. Ele é quem decide — sempre”. (Revista Querida, 1953)
Faça-o esquecer-se de que a vida de solteiro é vazia e a de casado enche.
“Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil”. (Jornal das Moças, 1958)
E diga a ele que esse perfume era de um dos amigos que a levaram para a balada…
“É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido”. (Jornal das Moças, 1957)
Para que suas amigas vejam o buxo que agora tem a seu lado…
“A esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa.” (Jornal das Moças, 1955)
Ai daquela que tentar atrair essa presa!
“O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza”. (Revista Querida, 1955)
Então, você já sabe: mulher que trabalha fora de casa calça 44 bico largo.
Pregado no poste: “O Brasil acaba com os políticos ou os políticos acabam com as saúvas”