Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Onde estávamos?

(Oba! Deu nos jornais: “A Assembléia Legislativa contratará empresa de ‘desinsetização e desratização’. Segundo a licitação, é para acabar com ‘baratas, moscas, pernilongos, ratos e camundongos’ do lugar…” Oxalá! (Mônica Bérgamo, 29.03.06)

Depois desta ótima notícia, voltemos a passear por lugares conhecidos por outros nomes. Aventura iniciada pelo Rogério Verzignasse, Udine La Serra e Renato Otranto, e hoje com o João Marcos Fantinati. Ele fala do “Malhômetro”, no portão 5 do Parque Portugal, outrora Lagoa do Taquaral. “Malhômetro”? Nas aulas de Grego do Culto à Ciência, mestra Maria de Lourdes Ramos ensinava que o sufixo “ômetro” indica velocidade e “dromo”, lugar de correr. Afinal, João Marcos, ali é lugar de correr ou de medir? Medir o quê?

A coleção dele é grande: Sapolândia (fim do Jardim Eulina);  Cascata do Nupcial (na Vila Industrial, onde existia a fábrica de sapatos Nupcial; Balão da Morte (trevo na saída para Valinhos); Balão do Cruzeiro (praça na Rua Erasmo Braga); Cortiço do Hadad (conjunto de casas paupérrimas que havia no Bonfim); Pedreira (hoje, o Clube Andorinhas); Garcia (churrascaria na Anhangüera) e Água Choca (Monte Mor  ou Monte Morte – Vixe!) Por quê?

“Chaveco” era o campinho da Estrada de Ferro Funilense, atrás do “Pastinho”, antigo campo do Guarani, entre Antônio Lobo e Barão Geraldo de Resende. “Viala” é a Vila Elza (na Ponte Preta). “Matriz Velha” (Igreja do Carmo), “Fundão” (Cemitério da Saudade), “Paieiro” (Swift), Paieirão (depois da Swift) e “Boi Falô” (Estrada para Barão Geraldo).

Mais esta lição do mestre Rubem Costa: “O nome ‘bucheiro’, dado aos moradores da Vila Industrial, nada tinha a ver com o curtume. A origem é outra. Até o início da década de 30, o matadouro municipal ficava no fundo da Vila. Eu morava na última quadra da Saldanha Marinho, quase Barão de Itapura – rua de terra. A boiada vinha por esta via, virava na Andrade Neves, subia até a Mascarenhas (em frente do Penido Burnier), por onde se chegava à Salles Oliveira. Nesta rua, derivava  para o matadouro. Era comum, na confluência da Itapura com Andrade Neves, a boiada estourar, por causa do bonde 9, que fazia o mesmo percurso. As reses se assustavam, disparando pelas ruas laterais. Como eu era do Botafogo, a rivalidade com a Vila era grande. Daí, nas brigas das ‘turmas’, o xingatório era sempre o mesmo: ‘Bucheiro!’”.

Pregado no poste: “E os que mandaram o povo votar no Lulla?”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *