Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Onde estamos?

O queixo do Ronaldo Guerra caiu em cima do balcão do ‘Antiquário La Serra’, do seo Udine, seu vizinho, ali na Monte Castelo, 10. Pudera! Sabe quem entrou na loja para ver novidades no meio das antiguidades? Mestra Eclair Farhat, musa de onze entre dez estudantes do ‘Culto à Ciência’ – até hoje, bela como sempre, “fascinante como nunca”, acrescenta seo Udine.

Ele ligou para contar esse momento sublime, quando entrou na conversa o Renato Otranto, para a gente completar os lugares de Campinas que o povo chama por outro nome, como na reportagem que o nosso caipira Rogério Verzignasse, pai da Clara, escreveu domingo.

Você, que chegou ou nasceu depois dos anos de benção, antes dos arrastões, veja se ainda se acha nesta nossa ex-feliz cidade:

O Parque São Quirino, onde Emerson Fittipaldi correu quando moleque, se chamava ‘Bosteiro”. O ponto final do bonde 8 (Bonfim), era “Cerca-bode”, e ali perto, na Vila Teixeira, duas vilas de casas populares: a do IAPI (Coréia do Norte) e a da Mojiana (Coréia do Sul). O São Bernardo, ainda no tempo do Cine São Jorge, era “Chora Quati”. Pra cá, a “Pedreirinha”, pra baixo da Marechal Carmona, lugar que o Renato jura se chamar Vila Maria (sem o Jânio Quadros, ainda bem.)

Depois do Taquaral, o “Furazóio”, e antes, o “Cine Zequinha”, que ninguém chamava de São José. A Vila Industrial se chamava “Bucheiro”, por causa do curtume. Muitos a chamam de “Vila da Fé”, da matriz de São José, padroeiro de quem trabalha.

Quem vai pra São Paulo pela estrada velha passa pela “Bicha Louca”, povoado atrás da placa que indica a direção de Campinas (a Louca) e Franco da Rocha… Chamavam o Castelo e a Vila Nova de “Pé Vermêio” (ansim mêmo). Unicamp é o “Sítio do Zefa” e mestre Zeferino brincava com a Puccamp: “Escolinha da Igreja”. A “Prainha” era na frente do Hotel Términus e do Sanducha. O Café Regina sempre foi “Covil das Serpentes”, e “Quadrado”, o monumento ao maestro maior. Dois edifícios têm apelidos famosos: Barão de Jaguará (“Joga a Chave”) e Bataguaçu (“Marmitão”).

O espaço está no fim e falta descobrir os nomes populares da Drogasil, Vila Elza, Orosimbo Maia, Igreja do Carmo, Cemitério da Saudade, Swift, depois da Swift, estrada de Barão Geraldo… Então, até sábado.

Pregado no poste: “Onde era o ‘Risca Faca’?”

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