Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

E são médicos!

Excelentíssimos senhora e senhor prefeito de Campinas. Cidade que desrespeita menores, fechando creches; abandona postos de saúde e tira dinheiro da saúde para asfaltar ruas não se vê mais nem no inferno. Fora o juramento de Hipócrates, tão desrespeitado por certos esculápios e esculápias, encontrei uma oração do médico, que pode ser de bom costume para o casal que nos administra. Uma de manhã e outra à noite, na cama ou de joelhos aos pés dela.

É de Maimônides (Mose Bem Maimon), que viveu de 1.135 a 1.204. Judeu respeitado entre cristãos e muçulmanos, respeitado, produziu esta Oração do Médico:

“Ó Deus! Tu formaste o corpo do homem com infinita bondade; Tu reuniste nele inumeráveis forças que trabalham incessantemente como tantos instrumentos, de modo a preservar em sua integridade esta linda casa que contém sua alma imortal, e estas forças agem com toda a ordem, concordância e harmonia imagináveis.

Porém, se a fraqueza ou paixão violenta perturba essa harmonia, estas forças agem umas contra as outras e o corpo retorna ao pó de onde veio. Tu enviaste ao homem Teus mensageiros, as doenças, que anunciam a aproximação do perigo, e ordenas que ele se prepare para superá-las. A Eterna Providência designou-me para cuidar da vida e da saúde de Tuas criaturas. Que o amor à minha arte aja em mim o tempo todo, que nunca a avareza, a mesquinhez, nem sede pela glória ou por uma grande reputação estejam em minha mente; pois, inimigos da verdade e da filantropia, eles poderiam facilmente enganar-me e fazer-me esquecer meu elevado objetivo de fazer o bem a Teus filhos.
Concede-me força de coração e mente, para que ambos estejam prontos a servir os ricos e os pobres, os bons e os perversos, amigos e inimigos, e que eu jamais enxergue num paciente algo além de um irmão que sofre. Se médicos mais instruídos que eu desejarem me aconselhar, inspira-me com confiança e obediência para reconhecê-los, pois notável é o estudo da ciência. A ninguém é dado ver por si mesmo tudo aquilo que os outros vêem. Deus, Tu me designaste para cuidar da vida e da morte de Tua criatura; aqui estou, pronto para minha vocação.”.

Pregado no poste: “Que o Lulla não sabe nada todos sabem”

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