Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2009Crônicas

Crônica do cão guia

Admirável serviço do site Ria Slides. Está na rede:

“Quero lhe ensinar como agir quando me encontrar acompanhando meu dono cego. Saiba que sou um cão de trabalho e não um bichinho de estimação. Quanto mais me ignorar, melhor será para meu dono e para mim. Meu comportamento e trato são totalmente diferentes e devo ser respeitado em minha dupla função de guia e fiel.

Por favor, não me toque nem me acaricie quando          me encontrar trabalhando, ou seja, quando eu estiver usando a guia. Se fizer isso, posso me distrair e jamais devo falhar. Então, é melhor me ignorar. Mas não tenha medo! Somos treinados e nunca seríamos capazes de fazer mal sem motivo.

Atenção! Se estiver acompanhado de um cão, por favor controle-o para evitar que cause algum acidente quando passar ao meu lado, e do meu dono. Não me ofereça alimentos. Meu dono se encarrega disso. Estou bem alimentado, tenho hora certa para comer.

Quando se dirigir a uma pessoa cega, acompanhada de cão-guia como eu, fale diretamente com ela, e não comigo. Se um cego com cão-guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pela direita para que eu fique à esquerda. Meu dono, então, me ordenará que siga você ou lhe pedirá que lhe ofereça seu cotovelo esquerdo. Neste caso, usará uma senha para me indicar que estou temporariamente fora de serviço.

Se um cego com cão-guia lhe pedir informações, dê indicações claras do caminho para chegar ao local. Não se antecipe nem pegue o braço de um cego acompanhado de  um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque            na minha guia: ela é só para uso do cego que acompanho.

Cães-guia têm lugares e horários certos para fazer suas necessidades. Estou habituado a viajar em todos os meios de transporte, acomodado aos pés do meu dono, sem atrapalhar os passageiros, dentro e fora do país. Em virtude do rigoroso treinamento, estamos habituados e capacitados a entrar e permanecer junto aos nossos donos em todos os tipos de estabelecimentos: de saúde, em lojas, restaurantes, supermercados, cafeterias, cinemas, teatros, centros de estudo ou trabalho, sem causar alterações no funcionamento normal dos mesmos nem incomodar os funcionários ou o público.

Nos locais de trabalho, usuários de cães-guia estão capacitados para exercer suas funções com eles ao seu lado. Devido ao treinamento, cães-guia nunca vagam pelos recintos. Permanecem acomodados aos pés do dono. Têm o mesmo direito que seus donos de gozar de livre acesso a             todos os locais públicos.

Vai me ajudar a divulgar o que lhe disse?

Obrigado, meu amigo!”

Pregado no poste: “Pior cego é o que não quer ler”

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