Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002

Com os Perina

O seo Antônio Perina me mandou uma carta deliciosa, na verdade um “e-mail”, mas com linguagem de carta, daquelas que o carteiro nos trazia sempre no meio da tarde, disposto a tomar um cafezinho e a trocar um dedo de prosa, antes de seguir sua missão de levar mensagem alegre ou triste. O “e-mail” está matando os carteiros, tomara que não mate o linguajar das cartas, mesmo que elas comecem com “Espero que estas maltraçadas linhas a encontrem gozando de plena saúde e felicidade junto aos seus…”. Não era assim? Vamos ler juntos?
“Gostaria que você me falasse (em segredo) o nome da onça do Bosque dos Jequitibás, nos anos 50, e quem foi o jogador da Ponte e o nome da mãe dele que rogou praga na nossa querida Macaca. Tudo muito bonito, mas quando eu e minha mulher líamos e buscávamos respostas para suas perguntas, levei um danado de um beliscão quando me lembrei do nome da mais famosa dona de casa, antes do Jardim Itatinga. E quase apanhei quando disse que sabia onde era a casa.
Quanto ao bar mais famoso da esquina das ruas Barão de Jaguara e General Osório, você me confirma se era o nosso gostoso Éden Bar, onde o prédio ostentava o letreiro da nossa deliciosa cerveja Colúmbia.
Desculpe-me se eu o aborreci com meu pedido, mas isso é para satisfazer a vontade da minha querida esposa. (Eu disse querida, para não levar um pé d’ouvido.)”.
Prezado seo Antônio, a onça do Bosque dos Jequitibás se chamava Nero. O jogador da Ponte cuja bondosa mãe (bondosa, segundo os bugrinos) rogou praga para a Macaca cair em 1960, foi o Pitico. Mas não me lembro do nome dessa veneranda senhora de tão boas recordações para a torcida do Guarani. Quanto ao bar famoso, eu me referia, na crônica do dia 21, ao Café do Povo. Nas outras esquinas ficavam a Loja Garbo e o Banco Mercantil de São Paulo. Também não me esqueço do luminoso da cervejaria Colúmbia.
Agora, por favor seo Antônio, refresque a minha memória, mas cuidado para não levar um pé d’ouvido: onde ficava a casa da Paraguaia, mesmo? Sabe há quanto tempo não ouço a expressão “pé d’ouvido?” Um abraço ao senhor e lembranças para a “cumade”.
Pregado no poste: “Qual a diferença entre a lista do Fernandinho Beira-Mar e a do Senado?”

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