Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002Crônicas

Por aí

Aquela nave que os americanos mandaram para Marte ainda vai achar funcionário público de Campinas lotado naquele planeta, dentro do plano de apadrinhamento do senhor prefeito. Plano que ele executa e o povo de Campinas paga.
Se aquele monte de funcionários, que o senhor prefeito “emprestou” para a Câmara, resolver trabalhar algum dia, haverá lugar para todos eles nos gabinetes dos “nobres” vereadores? Será a maior concentração de “trabalhadores” por metro quadrado do Brasil.
Se em vez de uma instituição pública, fosse uma privada, a Câmara teria espaço para tantos “afilhados” obrando para Campinas?
Como diz o manual do malandro: “Fique perto de quem come e longe de quem trabalha…”.
Passam duas mulheres altas e bem gordas pela rua. Imensas, mesmo. “Grandes, não?”, observou um rapaz. O outro concluiu: “Tão grandes que, em vez de RG, devem ter prefixo”.
As bruxas andam à solta. De hora em hora parte-se um avião.
Outro dia, a locutora do serviço de som de um aeroporto andava tão apavorada com a onda de acidentes que, ao anunciar o próximo vôo, mandou ver: “Senhores passageiros com destino a São Paulo, dirijam-se para embarque no portão número 5 e.. adeus”.
Beto Zini, quem você vai pôr no lugar do Zagalo na Seleção?
Definição do cidadão Frank Sarnighausen, da cidade de São Carlos, dia desses, no Estadão : “Poucos concordam em fazer papel de mulas que puxem a carroça de Vicentinho e Rainha, sabendo que os donos da carroça são os que emperram, no Congresso, as reformas que podem tirar a população da condição de sem-nada”.
Outra definição, no mesmo dia e lugar, do cidadão Hugo Maia, de São Paulo: “Cá pra nós, se nos Três Poderes os que fazem ‘michês’ de consciência têm direito a altos salários, jetons, mordomias e polpudas aposentadorias, por que não assegurar direitos mínimos àquelas (prostitutas) que fazem ‘michês’ do corpo, afinal, muito menos prejudiciais à Nação?”.
O menino berrava no canteiro do jardim. O guarda perguntou ao pai do garoto o motivo de tamanho berreiro. “Como é que eu faço, seu guarda? Esse moleque fez um buraco no chão e, agora, quer levar para casa!”.
Esta é do José Aparecido, secretário do Jânio Quadros, ex-embaixador do Brasil em Portugal e raposa das raposas mineiras. Escreveu num jornal venenoso, que editava em Minas: “Metade da Assembléia Legislativa é corrupta”. Processado e condenado a desmentir a afirmação, Zé Aparecido desmentiu: “Metade da Assembléia Legislativa não é corrupta…”.
O bonde voltou a circular pela Lagoa do Taquaral. Além dos dormentes, o que guarnece os trilhos: cascalho ou Pedregulho?…
Dizem que o governador aqui de Mato Grosso do Sul, Wilson Martins, 80 anos, faz uma administração tão sonolenta que a única obra inaugurada por ele até agora foi uma lanchonete do Mc Donalds. Pior: parece que foi mesmo.
Não sei os motivos. Mas na última viagem do Fernando Henrique a Portugal, a cobertura da Rede Globo não foi feita pela repórter Miriam Dutra. Ela não é correspondente da estação do doutor Roberto em Lisboa?
“Pior: em 1994, um alecrim centenário, amigo de cem anos, foi esquartejado vivo, ao amanhecer. Naquele dia, eu dobrei de dor.” Sina do sino da Catedral, chorada para o repórter Rogério Verzignasse, na Correio Popular Revista, de domingo passado.
Já são tantos os forasteiros e tão poucos os campineiros, que na próxima edição do dicionário do Aurélio, o verbete “campineiro” terá a seguinte definição: “Substantivo abstrato”.

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