Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2009Crônicas

Esse choro eu choro

Não sei a que horas você está lendo esta nossa conversa, mas tomara que dê tempo de, finalmente, assistir a um espetáculo de verdade de música brasileira autêntica. Obra de arte, raridade nestas Campinas de hoje. Qualidade, respeito à inteligência popular, sensibilidade, talento – desde Sarah Bernhardt no cine São Carlos, nossa cidade não era tão honrada com uma exibição artística de tamanha categoria.

Elas existem, para consagrar Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Benedito Lacerda, Lamartine  Babo,Valdir Azevedo, Zequinha de Abreu,  Jacó do Bandolim, Paulinho da Viola, Paulo José Faria (seu pai)…

Elas são Lya, Elisa e Corina Meyer Ferreira. Ganharam da Associação Paulista de Críticos de Arte o prêmio de melhores intérpretes instrumentais de música brasileira de 2008. Tocam choro e fazem chorar de emoção quem as assiste. O nome do grupo não poderia ser mais sugestivo: “Choro das Três”.

Junte seus amigos e, quando elas aparecerem para se apresentar, cantem com gosto um alegre “Parabéns a Você”. (Não conte para ninguém, mas amanhã é aniversário da Lia, violonista de sete cordas. Faz 19 anos e se dedica à música brasileira genuína desde os oito.).

A Corina é flautista e a Elisa, bandolinista. Brincando, as três dizem que quando o pai, Eduardo, pede mesada, elas deixam que ele dê uma ‘canja’ no pandeiro… Outro dia, vi o Chico Pinheiro se derretendo diante delas no “Sarau”, da Globo News. Fiquei a pensar como os pais dessas meninas são abençoados e na alegre benção que recebemos quando elas tocam.

O “Show(ro)” das três será hoje, no Arraial da Vó Aidê, na Medeventos, à rua João Batista Grigol, 168, Barão Geraldo. Os ingressos antecipados custam R$ 30,00 (mas valem muitíssimo mais). Ligue (19) 3707-4600, para saber a hora exata da apresentação do Choro as Três. E parabéns ao empresário Cláudio Medina (muito prazer) por trazer esse presente aos campineiros.

Pregado no poste: “Meninas, Carlos Gomes está honrado por vocês! Enfim, há Música na terra dele”

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