Parada de sucessos
(Duvido de que algum senador desta honrada República tenha levado ou pedido dinheiro para aprovar a liberação do bingo. Afinal, todos os políticos brasileiros – está provado – são os mais honestos e competentes do mundo. Até você acha, não é?)
Mas estive aí na terrinha e descobri que preparam uma parada de sucessos para celebrar o maior reveillon de todos os tempos em Campinas. Querem que a celebração entre para a história, embora não digam o motivo de tamanha festança. O repertório está quase pronto. Se você tiver sugestões para enriquecer o cancioneiro do adeus, pode mandar, que aqui quem manda é o ouvinte – e o leitor, claro! Vamos ver se, mostrando as músicas já escolhidas, a gente adivinha por quem se arma tanto auê:
“Vai; vai mesmo, eu não quero você mais, nunca mais!… (Nora Ney, a musa da ex-querda e da dor de cotovelo.)
“Amanhã, vai ser outro dia…” (Chico Buarque, o muso da ex-querda.)
“Parece que eu sabia, que hoje era o dia de tudo terminar…” (Wanderley Cardoso, na Jovem Guarda.)
“Não posso ficar nem mais um minuto com você…” (Adoniram Barbosa, sempre!)
“`Pode ficar com seu mundinho, que eu tô nem aí!” (Luka. Ih, até a molecada!)
“E vai rolar a festa, vai rolar! O povo do gueto mandou avisar…” (Ivete Sangalo, chuva de alegria.)
“Pode tirar seu time de campo; iguais a você eu apanhei mais de cem…” (Erasmão, na Jovem Guarda.)
“Eu já fiz a sua trouxa, só falta o que foi pra lavadeira; apanhe o chinelo na sapateira; não faça barulho que eu quero dormir, pra não ver você sair…” (Leila Silva, linda!)
“Não fique triste, não se zangue, com tudo o que eu vou lhe falar; Você comigo não combina; Não adianta nem tentar; Não vejo mais razão nenhuma; Para continuar; Você… Não serve pra mim…” Roberto. De Tuca Fernandes e Nuno Góes (plagiando Malagueña?).
“Eu não quero mais você, meu amor; eu não quero vê-la seja onde for!” (Demétrius? Wilson Miranda?)
Tire seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor…” (Guilherme de Brito ou Nelson Cavaquinho?)
“Se é por falta de adeus…”
“Meu Deus, vem olhar; Vem ver de perto uma cidade a cantar; A evolução da liberdade; Até o dia clarear!” Chico Buarque, muso da ex-querda.
“É hoje só, só, só! Vai acabar já, já! Aproveita macacada, que amanhã não tem mais nada!” (De quem é? Bem a calhar.)
Pregado no poste: “Até logo, crocodilo! Até logo, jacaré!” (Nosso João Dias!)