Vamos para eles!
“Levanta-te, vem para o meio!”. É nome de um excelente livro, editado pela CNBB para detalhar os objetivos da próxima Campanha da Fraternidade”, desta vez, para integrar pessoas deficientes. São três capítulos: “Ver”, “Julgar” e “Agir”. O primeiro, escrito em parte pelo cientista Evaristo Miranda, marido da jornalista Liana John e pai do Daniel. Quem lê não se esquece jamais. Acolher e igualar-se às pessoas com deficiência é missão histórica do homem e da Igreja. Veja como vale a pena conhecer essa saga, saboreando, por exemplo, estes trechinhos do livro:
Desde a Idade Média, a lei do silêncio era escrupulosamente observada nos mosteiros. Para se comunicar, monges desenvolveram coleções de sinais, de 500 a 1.300, sem recorrer à fala! Por volta de 1550, o monge beneditino espanhol Pedro Ponce de Leon criou o método de comunicação para surdos-mudos baseado nesses sinais. Seu trabalho foi sistematizado como “Língua de sinais e alfabeto manual” – quase um idioma universal, tão ou mais abrangente do que o esperanto, e torna seus oradores ‘poliglotas’ em silêncio!
Desde 1550, a Igreja organizou progressivamente, no Brasil, um sistema de acolhida para crianças enjeitadas ou abandonadas. Ficavam em casas de família até o sete anos, depois eram educadas em colégios jesuítas.
A família é o primeiro espaço de inclusão da pessoa com deficiência. Quando ela se coloca, solidária e positivamente, as deficiências e limitações quase sempre se superam naturalmente. Mas muitos contravalores da sociedade trabalham no sentido oposto, pela exclusão.
Pessoas com deficiência têm o direito de viver com suas famílias ou pais adotivos e de participar de atividades sociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa com deficiência deverá ser submetida a tratamento diferencial além daquele requerido por sua condição ou necessidade de recuperação.
Dedico esta crônica de Natal aos ensinamentos de dona Rosa Signorelli Rebolla e a todos os pais de pessoas com deficiência.
Pregado no poste: “Falar é fácil, fazer é muito melhor”