Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2007Crônicas

Viva ele!

Felizmente, ainda há muitos para contar a história boa, porque a ruim ninguém conta. Para contá-la direito tem de chamar a polícia e entrar na Justiça. Quem roubou o Guarani está preso? Está sendo processado? Ainda há quem critique o coitado do seo Lonel por viajar para cuidar de seus negócios particulares. Pior é se cuidavam dos próprios negócios (ou negociatas?) dentro do clube.

Há um bugrino verde-roxo, que conheço desde criança. Rapaz humilde, filho da dona Páscoa e do seo Alberto, irmão da Maria. João Batista Bagarolli, o grande Palante, está tão aborrecido com o que acontece, que desvia o pensamento e o olhar quando se pergunta a ele sobre a situação.

Prefere lembrar-se dos tempos da molecada do aspirante, tão boa como a equipe titular. Bonito ouvi-lo falar com carinho e admiração do seu colega de zaga, o Oswaldo Cunha, do goleiro Sidnei, de Joãozinho, Babá e Carlinhos. Não usavam sunga, ainda. Era fralda. E pediam autógrafo para as “feras”: Telê Santana, Américo Murolo, Roberto Bataglia, Tião Macalé, Dorival, Diogo e para o ‘tanque’, Berico, cuja venda para o Flamengo construiu a primeira piscina. Imagine todo aquele dinheiro na mão de dirigentes bandidos.

Os presidentes de Palante foram Jaime Silva e Miguel Moreno. Seus técnicos, Adi Zaquia, Armando Renganeschi, Godê e Aparecido. Hermínio Garbelini cuidava dos gandulas e da marmita dos aspirantes. E o melhor time que ele viu jogar não foi o campeão brasileiro de 1978 (antes de Cristo?), mas o fabuloso São Dimas; Ferrari, Ditinho e Diogo; Macalé (Valter) e Eraldo; Dorival, Ilton, Cabrita, Benê e Osvaldo Tarusiano. E olha que não estão aí Paulo Leão, Rodrigo, Telê, Nicanor, Marcial, Dido, Vilalobos. Nem ele, de tão humilde, se atreve a entrar em campo com eles.

Uma contusão no joelho desanimou Palante, que foi parar na esquadra quase ‘azurra’ da Alitália. Dizem que era um dos favoritos do Papa Paulo VI… Nas folgas, desfilava seu futebol elegante com amigos do Gazeta e do Sereno: Júlio (virou massagista), Fraju, Bita (tio do Finazi), Joca, Robertão, Lúcio, Vôlney, Clóvis, Lineu Henriques, Luís Carlos Rossi, Ilzo Nery, Gilberto Dupas, Marcelo Costa, Lola, Cristóvão, Djalma Serafim, Cobra, Ademar, Ciasca, Zé do Pito e  Eduardo Cachorrão.

(Não contem a ninguém: Eduardo era investigador de polícia. Quando gritavam “mate a bola, Eduardo”, ele puxava o revólver e buuum!!!!)

Pregado no poste: “Agora, o único genoíno que o Lula conhece é escocês?”

 

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