Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002

Virei Cláudia. Epa!

Só falta computador produzir clones de pessoas e comprar uma briga dos infernos com o Papa. (Desculpe-me seo João Paulo, segundo e único. Tá bom, uma briga dos céus.). De qualquer forma, quem conseguir clonar seres humanos não será pioneiro, posto que Deus fez de Eva clone de Adão e, por extensão, a mulher, clone do homem. Puts! As feministas vão me matar!
Agora, um segredo: os computadores já tentam, de todo jeito, trocar o sexo dos usuários. Comigo não é a primeira vez, mas eu juro que jamais dei motivos para “ameaça desse jaez”, como diria Machado de Assis.
Acho que já contei essa tragicomédia aqui. Uma vez, escrevi uma crônica no embalo da discussão do aborto, dizendo que, assim como o divórcio, quem for contra que não aborte, ora bolas! Tanto bate-boca vem da mania que as pessoas têm de querer se intrometer na vida dos outros. Quem quiser que aborte, se divorcie e, depois, assuma as conseqüências. (Dom Gilberto, desculpe-me por incomodá-lo: se eu fosse mulher, acho que não abortaria. Tá contente? Eu também. E a dona Marta Smith Vasconcelos, ídem. Deve doer pra burro, no corpo e, principalmente, na alma. Infelizmente, não dá pra dizer: “Quem for contra a pena de morte que não mate.”. Já pensou?).
Mas aquela crônica do aborto, em vez de sair assinada por mim, foi publicada como de autoria da mestra de todos nós, a dona Célia Farjalat. O padre da paróquia onde ela mora quase teve um chilique, logo às seis da manhã, quando abriu o Correio na sacristia. Ligou indignado para ela. No dia seguinte, fiz outra crônica, explicando tudo, antes que acontecesse uma rebelião paroquial. Foi tudo culpa do computador. “Um erro de link”, explicou, bem-humorado, o Ruy Motta, editor-chefe aqui do nosso Cosmo.
Domingo passado, outra ameaça. Deve ter sido obra dos diabinhos do Unix, que denunciei nesta nossa conversa. Na página do Correio Popular do Cosmo, cliquei em cima da caricatura deste locutor que vos escreve e… tchan, tchan, tchan, tchan…. Apareceu a crônica da Cláudia Pacce, com caricatura e tudo, desancando com maestria aquelas quadrilhas que, volta e meia, aparecem na TV. Justo da Cláudia, que se mandou para a Nova Zelândia com seu escocês. Ao saber da troca, aquela santa que mora aqui em casa ironizou: “Já pensou se o leitor não percebesse a mudança e a Cláudia contasse que está grávida?”. Será que a santa quer mais um? Não bastam dois corinthianos?
Pregado no poste: “A revolução nasce da cabeça; a revolta, do estômago”

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