Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Unanimidade

Primeiro de janeiro não é uma celebração para todos. Assim como no Brasil, São Paulo só é homenageado a 25 de janeiro pelos paulistanos. O Carnaval não arrebata de Norte a Sul nem a Páscoa, do Equador aos pólos. Tiradentes, odiado em Portugal, até foi traído aqui. O Dia do Trabalho? Não é a 1º de Maio no mundo inteiro.

Corpus Christi, Antônio, João, Pedro, só nos lugares católicos. Nove de Julho, quando se deu o único acontecimento sério e digno da História do Brasil, assusta a canalha getulista e ditadores de todas as cores até hoje. Para eles, o Nove de Julho não existe, posto que arrancou-lhes a máscara.

O Dia das Mães e o Dia dos Pais não arrebatam o mundo — todos têm pais, mas nem todos são pais.

Sete de Setembro – os portugueses não aplaudem, mas no fundo do coração agradecem a dom Pedro I aqui e IV lá, por tê-los livrados de nós. Dia de Nossa Senhora da Aparecida, a 12 de outubro, segue a reverência dos católicos. Mas mesmo no Brasil, um bocó chutou a imagem dela – imbecil não porque se diz evangélico, mas porque não respeita a religião dos outros. Não adianta se desculpar: foi premeditado.

Primeiro de Novembro é de Todos os Santos para quem os considera santos – alguns até são do pau oco. E Finados, ora, nem todos acreditam que os mortos ‘morrem’… Monarquistas torcem o nariz para a República proclamada a 15 de novembro neste País onde a ‘res pública’ é a reles pública.

Dezembro vem com o Natal e nem Jesus Cristo é unanimidade!

Mas em todo o mundo, há seres humanos abençoados e especialíssimos a quem todos devemos, porque sem eles em nossas vidas, a Humanidade ainda não teria o que fazer com o cérebro. Não estaria em Idade alguma e nenhuma Era seria. São nossas professoras e professores. As primeiras pessoas a quem os pais confiam seus filhos, quando estes saem de casa pela primeira vez. Quem seria você, sem seus professores? Imagine do que você seria capaz hoje, não houvesse o professor na história de sua vida? Felizes os que puderam e podem honrar seus professores como honram pai e mãe. Obrigado, mestres!

Pregado no poste: “Enquanto os políticos custam, os professores valem!”

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