Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2004Crônicas

Uma no cravo e cinco na ferradura

  1. Veja se você entende — “Ao ser confrontado de forma direta por um amigo sobre o dúbio território que caminhava em seu primeiro livro (“aquilo ali é ficção, né?”, pergunta-o no prefácio), Sanches assume o papel intrinsecamente subjetivo de sua leitura e intercala sua narrativa central com capítulos em ficção, em que encarna personagem ora conhecidos, ora anônimos, para conceituar, informalmente, a atmosfera em que cada período analisado se localiza.”. De um crítico literário sobre o livro “Como Dois e Dois São Cinco”, do jornalista Pedro Alexandre Sanches, que aborda a vida do cantor Roberto Carlos.
  2. A notícia mais velha do século — o jornal argentino ‘La Nación’ publicou uma reportagem sobre a violência no Rio, desta vez destacando a situação alarmante do narcotráfico e o envolvimento de policiais com os traficantes. Diz que a apreensão de drogas e armas na Rocinha é encenação. Seriam devolvidas ao tráfico, mediante propina. Também devem ter anunciado: “Não perca, na edição de amanhã, padres distribuem hóstias durante a comunhão…”
  3. Como “brincadeira”, caramba!? — a mãe de uma criança de sete anos acusa uma professora de usar fita crepe para calar o aluno em sala de aula, na escola estadual Natanael Silva, em Várzea Paulista. “Sei que errei. Mas tenho uma carreira de 15 anos e nunca tinha feito isso”, diz a professora Maria Ivone. Segundo o diretor da escola, Eduardo Maffasoli, a professora relatou por escrito que não teve intenção de agredir. “Ela pediu silêncio, e eles continuaram a falar. Ela brincou que colocaria uma fita crepe na boca deles.”
  4. A história se repete: — a menos de uma semana da inauguração, o presépio de Natal instalado no Largo da Catedral foi alvo de uma ação judicial. Tudo porque a Setec revogara a concessão de permanência do adorno no espaço e ele teria de ser transferido. A autorização para instalação do enfeite, havia sido dada pela própria Setec. O argumento usado pela autarquia é o de que a montagem do presépio “compromete a contemplação” de dois monumentos históricos: a Catedral Metropolitana e a estátua do bispo Dom Nery.”. Calafrios! Um dos argumentos para matar o Alecrim foi o de que a árvore escondia a igreja das lentes dos fotógrafos. Fiquem de olho Nossa Senhora, Menino Jeues, São José, Reis Magos e vacas do presépio. Essa turma é impiedosa. Curiosidade: antes de ser bispo em Campinas, dom Nery foi bispo de… Pelotas!
  5. Loucos Por Mídia — ensaiada há anos, a estréia da TV Câmara, com transmissão ao vivo pelo Canal 4 da Net Campinas, e no apagar das luzes da atual Legislatura, provocou uma cena rara nos últimos meses no plenário da Casa: a ocupação de todos os assentos reservados aos vereadores, que compareceram em massa e subiram à tribuna para pronunciamentos como há muito não se via, incluindo troca de farpas em altos decibéis entre os vereadores Sérgio Be-nassi e Campos Filho. Como canta a Lucinha Lins, “Sou como bailarina; quando o palco se ilumina, fico louca para dançar…”
  6. Em compensação, seo Doutor Hélio acerta no cravo: parabéns — a nossa Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer ficará sob responsabilidade do professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite, que também integrou o secretariado dos prefeitos José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB) e Antônio da Costa Santos (PT). Louvemos ao Senhor! Alguém culto na Secretaria da Cultura.

Pregado no poste: “Lula, a Casa Branca deixou fazer essa estrada do Acre ao Pacífico?”

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