Tudo inveja
“Os espíritos autoritários não odeiam apenas os veículos do conhecimento. Odeiam o próprio conhecimento. E não é por acaso.” Ruy Mesquita
“Não conseguem construir porque não gostam de trabalhar; querem distribuir riqueza, mas não sabem criá-las (Dona Matilde Carvalho Dias, aos 102 anos e sempre)”
O império de Átila, ‘Flagelo de Deus’, morreu com ele; não deixou herança notável alguma. Só é lembrado como paradigma da crueldade e da rapina. Um enfarte o fulminou estuprando Úrsula: estava de estômago cheio. Ela virou santa.
As tribos germano-orientais dos Vândalos invadiram e saquearam Roma, exterminando obras primas de arte que se perderam para sempre.
A jagunçada do Getúlio vandalizou São Paulo em 32: inveja da prosperidade, recalque da própria ignorância.
Hitler mandou queimar Paris.
A teuta Angela Merkel (coincidência?) sugeriu à Grécia vender seus monumentos e ilhas para superar a crise.
Bin Laden detonou as torres gêmeas.
Aqui, MST invade e destroi o que não lhe pertence e ameaça dizimar a modelar Fazenda Monte D’Este, porque odeiam ver que é preciso trabalhar para enriquecer honestamente – ou voltar à barbárie e roubar o que foi edificado honestamente.
É doença. Quando há dérbi, a torcida do time derrotado se satisfaz depredando o patrimônio do vencedor.
Por que o camelô vai lutar para se estabelecer, pagar impostos, dar nota fiscal e gerar empregos, se o próprio Poder, que vive dos que pagam suas obrigações em dia, os ampara? Boa pergunta: quantos votos “rendem” os camelôs? Reparou, agora, porque eles interessam só a eles mesmos e aos políticos? O crime organizado, que lucra com a pirataria, agradece às duas facções.
Tudo em grande ou pequena escala. Sofrem de inveja os pichadores desta cidade. A estátua do Cristo Redentor, mesmo fechada para visitação, cercada por andaimes e telas para reparos, foi pichada. Assim como a imagem da Virgem Maria levou coices numa “estação” de TV bem no dia de Nossa Senhora Aparecida.
Pregado no poste: “O abandono do teatro e do Centro de Convivência é inveja?”