Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2004Crônicas

Telefones úteis. Inúteis também

O último ‘Correio Popular’ de 2001 chegou com uma carta da leitora Maria Isabel Silva, “parabenizando” a Tele(a)fônica pelos serviços prestados durante o ano. Tudo o que a Maria Isabel precisava era do número do telefone da assessoria de imprensa da… Telefônica. E na Telefônica, mandaram que ela discasse para cinco números até não chegar ao número desejado – uma sucessão de zeroitocentos, já que a Telefônica tem horror de falar ao telefone com quem precisa falar com ela ao… telefone. (Será que o rei da Espanha sabe que existe uma espanhola esquisita assim no Brasil?)

A Telefônica dá olé em todo mundo. Já reparou?

Maria Isabel, voltando à vaca fria, digo, ao touro frio, decidi tomar as dores da sua santa indignação e fui tourear essa espanhola. Depois de cinco dias de uma luta insana contra um exército anônimo e virtual, descobri os números dos telefones pelos quais você (e todo mundo a partir de agora) pode chegar às assessorias de imprensa da espanhola menos brasileira do mundo. Se você morasse em São Paulo, deveria discar (02111) 3549.7020. Esse é o que eles chamam lá de “geral”. Agora, um atendimento personalizado, de “camarote” (Duvida? Por incrível que pareça lá tem disso. Também, eles se escondem do usuário como o diabo da cruz, né?), disque (02111) 3549.7464.

Como você mora no Interior (Campinas), o atendimento não é em São Paulo nem em Campinas (!) É numa cidade maior e muito mais importante – a bela Araraquara. Então, é só discar (02116) 33.24.53.00. Peça para falar com a Fernanda ou o Nadeo. Finíssimo casal, amigos de muitos anos, educadíssimos, mais atenciosos do que a Telefônica. Pode falar em meu nome.

Maria Isabel, tenho uma amiga que trabalha na assessoria de imprensa da Telefônica, em São Paulo. Está lá tem pouco mais de um ano e, talvez por isso, nunca mais consegui falar com ela por telefone. Sabe como ela foi parar lá? Trabalhava num jornal e, como não conseguia falar com a assessoria da Telefônica, estrilou como eles trabalham. Resultado: foi contratada, acho que para dar um jeito lá. Pelo jeito, deram um jeito nela… Desaprendeu. Como o personagem daquela história: “O que eu acho? Não acho nada. Tinha um primo que achava e hoje ninguém acha ele…”

Pregado no poste: “Alô. Aqui não tem telefone!”

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