Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002Crônicas

Sucessos do passado-1

Muito interessante esse caderno com as 45 marcas de sucesso que circulou com o Correio Popular, domingo passado. Não conta para ninguém, mas, para mim, a leitura mostrou que estou ficando “véio”, mesmo. Mais da metade das marcas que estão na memória da população eu não conheço ou não convivi com elas. Amanhã tem mais, combinado?

Logo de cara, o Shopping Iguatemi. Não tinha disso, não. “Loja de departamento”: ganhou a Renner, que era apenas uma loja de roupas masculinas, ali na Conceição com Glicério, “a boa roupa, ponto por ponto”. Existiam a Sears e a Mesbla. Moda feminina era na Casa Anauate, da dona Sara, e na Etam, na dona Sarina, mãe da Jóia Eliezer. Para homens, Di Láscio, Garbo, Ducal e Ezequiel. Calçados: ganhou a Baby, “Bêibi ou Babí, fica logo ali”, no alto da Treze. Mas também havia a Picolotto, na Treze, e a Clark, na Glicério. A Baby levou ainda como casa de material esportivo, mas quem marcou minha geração foi a Esportes Carioca, do seo Jayme Silva, na Benjamim Constant. Lembra? Ao lado do Foto Rápido Tremendão, quase esquina da Barão.

Transporte urbano ganhou a Urca. Eu andava nos bondes da Tração, do seo César Contessoto, e nos ônibus da CCTC, da Cometa. Antes, pela Bonavita e pela Viação Lira (essa foi do fundo do baú, né?).

Hipermercado, o Eldorado, que não era tão “hiper” assim, na Senador Saraiva. Ganharam o Carrefour, o Extra e o supermercado Pão de Açúcar. Como loja de móveis deu a Casa Verde. Eu me lembro da Boris, do seo Boris Strachmann, na Zé Paulino, e da Casa Kaplan. Cama, mesa e banho ficou com a Casa Campos, muito justo. Afinal, abastecia o Palácio da Alvorada, no tempo de dona Dulce Figueiredo como primeira-dama desta República. Mas tinha a Casa Moysés. Empresa de segurança? Não precisava, bastavam a guarda noturna e os inspetores de quarteirão, os “tranca-ruas”. Hotéis? O Terminus e o Savoy. Indústria? Empatou: ontem e hoje, a Bosch. Com uma diferença: antigamente, metade da população ‘trabaiava’ na Bosch e a outra metade descendia de quem ‘trabaiava’ lá. Tô certo ou tô errado?

Turismo era com a Aremar, e autopeças, com a Casa Manfredini. Loja de pneus já era com o seo Donato Paschoal. Planos de saúde não existiam, e os institutos de aposentadoria, mal e porcamente, fingiam dar conta do recado. Plano odontológico também não. A gente ia no Moacyr Pazzinato, na Galeria Trabulsi, no Ariovaldo Pirotelo e no Theófilo Ribeiro de Camargo. Doía, mas curavam. Vixe! O motorzinho era movido a pedal!

Pregado no poste: “Luciano Zica. Enfim, um vereador federal”

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