Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Só falta o Petrônio

“Atenção, senhoras e senhores! Todos a postos! Vai começar o Grande Baile da Saudade!”

“Aquela crônica me trouxe lembranças de mais de 40 anos, que parecem de hoje. O carrinho de cachorro quente… Aos domingos, vínhamos da matinê do Voga (eu e meus dois irmãos), e ficávamos esperando esquentar a salsicha para comprar os cachorros… Sinto, agora,  até o aroma  daquele maravilhoso purê. Devo lembrá-lo do cine São Carlos e da Sorveteria Capelli (à época a melhor, única que tinha creme chantilly, além do Restaurante Rosário — requinte). O ‘velho’ Capelli (acho que o avô) saía com a carroça e um cavalo enorme, brancos, com um toldo vermelho listrando, a vender sorvete pelas ruas. Eu morava no início da Saudade com Álvaro Ribeiro. O sino da carroça era o céu para nós, crianças daquela rua. Iraci Cantanti”.

“Bem, mas o que me leva a escrever é o seguinte: na coluna de sábado (07/10), intitulada ‘Não menos glorioso’, você fala de um álbum de fotos antigas de Campinas. Cita uma onde estão os ‘Onze Heróis’, como eu chamo os que fundaram o querido Guarani. Gosto muito da história do Bugre e procuro ter e ler tudo a respeito. Seria uma honra para toda a coletividade bugrina conhecer os ‘onze heróis’. José Luiz Lobo Villagelin”

“Camarão empanado na Torre de Pizza Castelo e ‘rachas’ em volta do Castelo. Tamarindo no ponto final do bonde Bonfim, na praça no fim da Rua Erasmo Braga. Grapette (quem bebe repete), repartindo as que trago de Belo Horizonte com amigos cinqüentões na Fonte São Paulo. Vendo o Carnaval sentado no meio fio da Carlos de Campos e assustado com o ‘boi’ do Nem Sangue Nem Areia. Ou jogando aos domingos no campo do Mogiana. Fui goleiro do último time juvenil, em 1969. Técnico? Barroca.

Docinhos na Doceria Términus; pizza de mussarela no Ponto Chique; o lago dos cisnes onde hoje é o terminal central; noites de sábado no Supermercado Eldorado, o ‘shopping’ da década de 80. ‘Chispar’ pelado pelos lados da Pucamp Central; footing em frente das Lojas Americanas; o bonequinho da Ezequiel a ‘tirar’ nossa foto; descer pelo bonde do Castelo e sentir um friozinho na barriga na curva do Bosque dos Alemães; esperar o trem passar, com as porteiras fechadas, na Primeiro de Março ou Cândido Gomide. Passear no AeroWillis do meu primo, com ‘Creedence Clearwater Revival’; até ouvir os apitos dos guardas noturnos, para avisar aos outros que tudo estava bem.” João Marcos Fantinatti ou pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com

Pregado no poste: “Terça, o Petrônio volta…”

 

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