Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2005Crônicas

São tantas opções!

Triste sina esta do Partido dos Trabalhadores. Antes de chegar ao poder, parecia a donzela da política. Quando chegou, parece a donzela do bordel, a filha da cafetina, a mãe do gigolô – cercada de pecados por todos os lados, menos por um, aquele que todos juram nunca ter visto. Mas é mais conhecido do que o Pelé ao lado do Papa.

Foi a chegada de gentes desse partido ao poder em Campinas que, involuntariamente ou não, escreveu a página mais suja da história da cidade – justamente a página escrita pela política. Nem poderia ser diferente.

Morre Celso, morre Toninho e Campinas é apontada como o lugar de onde saiu a ordem para matar um e onde mataram o outro. A cidade virou palco, berço e raiz da CPI do narcotráfico. Gentes desse partido deixaram a cidade conflagrada: a Treze de Maio ainda não sabe se queriam dela a cara de Hiroshima ou Nagasaki. Até Stalin tentaram enfiar goela abaixo das Campinas. Tão feia e desfigurada ficou a terra das andorinhas, que nem para o próprio partido ela pôde servir de exemplo na campanha que elegeu, com caixa dois, um ou zero, seu candidato à Presidência.

Os acontecimentos se sucedem como fuzilaria que atordoa, atormenta e cega. Ninguém sabe tanto sobre o que afligia seo Toinho do que sua própria esposa – opiniões e conclusões dela valem mais do que a de qualquer outra pessoa.

Vale tudo. Até boatos. Intere$$es político$, econômico$, ideológicos$ e criminai$ feridos levaram Toninho ao fim? Ele quis limpar cercanias de Viracopos das bases do narcotráfico? Intere$$ses político$ a$$ediaram essas bases para livra-los de quem não comungava os mesmos ideai$? A popularidade dele, até entre duros opositores, amedrontava e enciumava falsos parceiros?

Dona Roseana, como a senhora sabe que o crime contra seu marido foi político, como sabe que a ordem para matar o Celso saiu de Campinas, por favor, conte tudo. Duvido que duvidem da senhora. Quem duvidar não se manifestará, porque estará se revelando. A Marina, que tem tanto para se orgulhar do pai, também se orgulhará da mãe. E nós seremos gratos pela profilaxia que a senhora promoverá por aqui.

Pregado no poste: “Imposto ou achaque?”

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *