Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

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Quem será?

Os fofoqueiros devem ficar loucos da vida. Alguns morrem de ansiedade, outros, de curiosidade e todos de raiva. De vez em quando, as “colunas sociais” dos jornais soltam certas notinhas em que, não há como duvidar, aconteceu o que está noticiado ali. Mas elas contam o milagre e, ai Jesus! não contam o santo. Quem se interessa por bastidores e alcovas passa o dia especulando: quem será?

Sexta-feira passada, nossa Adelaine Cruz revelou uma “felpuda” no Mix: “Tudo à vista Embalado por umas doses de uísque a mais  — e talvez pelo recente episódio envolvendo o órgão sexual do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton — um empresário de Campinas resolveu fazer pipi bem aos olhos de alguns convidados que ocupavam a ala vip de uma festa country. Resultado: foi obrigado a dar uma passadinha pela delegacia mais próxima”.

A Adelaine diz que não revela o nome “nem morta!”. Mas conta que o exibicionista foi salvo pelo sócio, um baixinho e careca, cujo prestígio evitou que acontecesse um indiciamento por atentado violento ao pudor. O delegado, vai saber, talvez ainda tenha pedido um autógrafo aos dois.

Da mesma forma que minha amiga Joyce Pascovitch, a Adelaine conta que as “fontes” das histórias mais picantes geralmente são os inimigos dos envolvidos. Outro dia mesmo, ela recebeu a informação de que uma socialaite (no meu tempo, a gente chamava isso de grã-fina) foi parar na polícia, porque não pagou a mensalidade da escola da filha e armou o maior barraco. Olha que eu estou fora de Campinas há quase um quarto de século, mas, perguntem à Adelaine: matei na hora o nome da “granfa” caloteira. Figurinha carimbada do “café society” campineiro, desde criança. Da pá virada, essa aí.

Agora, vou dar um “furo” na própria Adelaine, com uma história que ela me contou. Existe um diretor de uma entidade aí na região que teve de se mandar para o exterior. A bomba vai estourar. Assinou um contrato de publicidade à revelia dos conselheiros e ninguém sabe onde está o dinheiro. Nem eu nem a Adelaine. Você sabe? Conte para ela, então… “Saia justa”.

Boa, mesmo, aconteceu aí em Campinas há uns bons quinze anos. Muito antes do filme “Proposta indecente”. Sei não, mas acho que essa história inspirou o filme, se bem que, em se tratando de Campinas, a diferença foi sutil. Muito sutil. Foi assim: uma elegantíssima senhora descobriu que a fortuna estava indo para o brejo. Aquele vidão de viajar para a Europa, viver as mil e uma noites todos os dias, estava ameaçado. Ninguém ainda sabia da catástrofe iminente. Só… Sabe quem? O cabeleireiro.

Um dia, ele decidiu. Chamou a “granfa” ao salão e se abriu para a “amiga”, com uma proposta que tiraria o casal do sufoco financeiro. Tudo o que eles precisavam para evitar a hecatombe financeira e a vergonha perante a “alta” era de US$ 20 mil. “Eu tenho essa grana, queridinha! Mas, com uma condição. Vocês têm de realizar meu sonho de adolescente. Quero seu marido por uma noite lá casa. Está feito o jogo. É pegar ou ficar na miséria. Você decide”.

O casal topou! Se a Adelaine não dá o nome do exibicionista “nem morta”, o nome desse trio eu não conto “nem vivo”.

 

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