Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002Crônicas

Quem procura acha

 

Centelha. É só falar no colégio “Culto à Ciência” e começam os fenômenos. Parece que alunos e ex-alunos ouvem o sinal bater, como um toque de reunir em torno dos professores, e se manifestam. Semana passada, a ilustre mestra Quinita Ribeiro Sampaio contou neste nosso espaço sobre uma inesquecível redação da aluna Sandra Lane, de quem nunca mais tivera notícia. A história tem mais de trinta anos e, na época, a Sandra imaginou uma invasão de besouros azuis de patinhas douradas na biblioteca daquele templo, velada por dona Otávia Maia. Onde estará a Sandra Lane?

Dona Otávia, filha do nosso ex-prefeito Orosimbo Maia (tempos em que Campinas tinha prefeito), fez escola naquela escola. Incrível: a Sandra Lane ora reza na cartilha daquela nossa sacerdotisa dos livros. E avisa: “…fui aluna da mestra Quinita Ribeiro Sampaio. Afinal, eu me deixei absorver pelos alfarrábios… Sou bibliotecária há vinte e sete anos, e há dezoito trabalho com o acervo raro e precioso da Unicamp. Estou definitivamente rompida com os besourinhos, que estão sempre tentando invadir os acervos… À querida mestra, que conseguiu ver qualidades na minha redação e ignorou meus erros, agradeço por mais essa lição de sábia misericórdia! A menina que fui, esquecida em algum canto da memória, conseguiu, por um momento, emergir.”.

No mesmo dia em que nossa Quinita falava com saudade da Sandra, outro ex-aluno, Carlos Francisco de Paula Neto, punha na rede mundial os primeiros registros da história completa daquela escola mágica. Quer matar saudade? O endereço é http://planeta.terra.com.br/educacao/CultoaCiencia. Há também dezenas de fotos (e virão mais), lista de ex-alunos desde o início do século passado, de professores, dos inspetores de aluno (Dona Gladys, um beijo!!!), funcionários… Duas fotografias antológicas mostram nossas preferências naquela nossa “casa”: a biblioteca, mais lotada do que o bar do querido seo Alo…

E como tudo o que se refere ao colégio, ela também apareceu. A Ana Maria, filha da insuperável Mariinha Mota Aguiar, mestra do Canto Orefeônico, encontrou naquele mesmo dia, entre os guardados da mãe – e que mãe! – esta mensagem deixada para todos nós: “Bandeira do Brasil é uma só; E o chão deste País também é um; Irmãos de Norte a Sul, me dêem as mãos; E vamos caminhar pra sermos felizes.”

Pregado no poste: “Puts! Como era bom viver em Campinas!”

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