Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2002Crônicas

Quando os bondes tinham banheiros

Sonhe. Estamos na Estação de Cabras, fazenda do seo Paulo Florense, em 1915. A “cabrita” espera o embarque e desembarque de passageiros. Veja como é pequena a caldeira, e a chaminé tinha esse formato “balão” para que o excesso de fagulhas não incendiasse as plantações.

Olha o “bondão” importado dos EUA nos anos 20, logo após a eletrificação das linhas. Era fechado como um vagão de trem e tinha duas classes de passageiros separadas por um compartimento de bagagens e dois banheiros. É!

Esse é o “bonde da Sorocabana”, em 1955, na Andrade Neves. Também americano, era verde e tinha um farol grande, ora sobre o teto, ora sobre o farol original.

Que coisa! É a família Vicentini ao lado da estação de Joaquim Egídio. Isso é 1950. E essa gente, moradores do lugar e vizinhos, chegam para uma festa de batizado.

Essa ponte de metal é de 1895-96, em cima do Atibaia, em Sousas. Aí passava o trem e, depois, os bondes. Na Revolução de 1932, ela foi parcialmente destruída pelos paulistas para dificultar o avanço da canalha getulista. Essa imagem é de 1960, mostrando a “parada” antes da travessia.

Estamos na bela estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro na Campinas de 1887. O prédio foi  construído após a demolição da estação antiga. Imagine, a velha estava em cima de um tremendo formigueiro! Aí, era o ponto de partida dos trens do Ramal Férreo Campineiro e a interligação dele com o resto do Estado. (Campineiro é orgulhoso… Fala Campinas e o ‘resto’ do Estado…). Aquelas casas atrás da linha são da Vila Industrial, um dos bairros mais antigos da cidade e “reduto” de ferroviários.

Essa também é a estação da Paulista, mas vista da Andrade Neves, na década de 30. O “bondão” de Cabras está à direita, local do ponto de partida; à  esquerda, o Bonde 5, Centro-Estação.

O Bonde 9, lindão, na esquina da Glicério com Campos Salles: os bondes geralmente andavam na contra-mão, e o tráfego se adaptava a eles sem problemas — os acidentes de trânsito entre bondes e automóveis eram raríssimos.

Veja só a Glicério em 1927, Largo da Catedral. À direita, a esquina da Treze; à esquerda o bonde virando na Conceição. O cine República, ao fundo à direita, pegou fogo em 1944 (ali hoje é o Edifício Catedral).

Meu Deus! o “10”, do Castelo, em 1966, no fim da linha, lá na rua Oliveira Cardoso.

Quer viajar mais? Embarque na página http://planeta.terra.com.br/noticias/rfc. Se você encontrar o seo Vignatti, cobrador, diz que todos os campineiros mandam um abração para ele.

Pregado no poste: “Fora, cambada!”

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