Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2005Crônicas

Por que é assim?

  1. Sirleide Angélica Duarte Begatti, telefonista do ‘Correio Popular’, mãe da Sara, ia fazer exame para tirar carteira de motorista. Cumpriu tudo o que a lei manda. O exame estava marcado para segunda-feira passada. Às oito da manhã, a Raquel, balconista da auto-escola, ligou na casa da nossa telefonista, para adiar o exame, porque a Ciretran perdeu os documentos da Sirleide: certidão de casamento com o Sílvio Begatti e comprovante de residência (conta de luz). Agora, a Ciretran exige novos documentos. E quem se responsabiliza pelo sumiço e eventual uso indevido dos documentos que estavam sob guarda desse órgão do Estado? Minha avó?
  2. “Petistas trabalhadores — Parece não ser mesmo especialidade do PT realizar obras, construção e reformas. Primeiro, foi a 13 de Maio; agora, o novo prédio da Câmara. Isso me leva a refletir que, de todos os políticos do PT (até o presidente), pouco se sabe da vida laborial dos mesmos. Penso que já se esqueceram do que é ‘pôr a mão na massa’. Se reformarmos nossas casas, seria interessante levantar a vida do pedreiro ou pintor, para saber se é filiado, militante ou até eleitor do PT.”. Antônio Carlos de Souza.
  3. “Mudança de governo — Gostaria de fazer umas perguntas sobre nossa Câmara Municipal. Além dos assessores, existem funcionários de carreira à disposição dos vereadores ou da Câmara? Se há, estão incluídos no orçamento de quem? Por que cinco assessores? Três já não bastariam? A troca de tíquetes por dinheiro resolveu o problema de quem? Por que ainda não foi devolvido o R$ 1 milhão do concurso? Enfim, por que eu não zarpo desta cidade? Porque agora, muda tudo! Vêm aí um ‘dotô’ e uma ‘dotora’! Será?” João Gilberto Ribeiro.
  4. “Greenhalgh quer aumento para deputados — Parlamentar, que pretende suceder a João Paulo Cunha na presidência da Câmara, defende aumento de salário de R$ 12.720,00 R$ 21.500,00. Com esta iniciativa, o petista espera arrefecer os ânimos e tornar sua candidatura mais palatável”. Eugênia Lopes. Claro, não é ele que paga…
  5. “Ataque de cães — Culpar um cachorro pelos ataques a pessoas é o mesmo que culpar os carros velozes e potentes pelos acidentes de trânsito. O paralelo é possível, pois tanto o cachorro quanto o carro veloz, se postos em mãos ineptas, podem ser letais. Só quando um dono de cão considerado feroz for penalizado em dinheiro, todos vão aprender, rapidinho, a usar coleira, guia e a trancar seus portões direito.”. Aline Cristina Paiva. Trinta anos para o cão, perpétua para o dono.
  6. Hiroshima brasileira — “Uma das principais vítimas, a aposentada Maria de Lourdes Almeida Monteiro, 70 anos, que fraturou os dois braços (um deles com fratura exposta) ao sofrer uma queda no local (Rua 13 de Maio), dia 28 de setembro, continua esperando um apoio que não veio da parte da construtora Varca Scatena ou da administração municipal. Campinas nunca foi lugar de poderosos covardes. Tenha dó!”. Eu.
  7. “Vereadores brigam — Um atraso na abertura da primeira sessão da Câmara dos Vereadores de São Paulo levou alguns dos vereadores eleitos a discutirem e se agredirem fisicamente.”. É o palco municipal.
  8. “Promotor acusado — O que se viu na prisão do promotor acusado do homicídio de um jovem de 20 anos foi uma série de benefícios que, sem dúvida, o cidadão comum não teria. O promotor nem sequer foi algemado e acabou sendo conduzido com todo aquele ar de corporativismo que a nossa brava Procuradoria sempre combateu. Estranho ainda é o promotor estar armado em seu horário de lazer, quando eles mesmos falam tanto em desarmamento.”. Fábio Luiz Silveira, São Paulo.
  9. O presidente Lula já agendou 13 viagens para 2005. Como o ano tem 12 meses, uma vez ao mês ele estará fora do País, sendo que, em um mês, ele viajará duas vezes ao exterior. Quando ainda era oposição, ele não tinha sentido o gosto pelo poder e somente criticava.”. Alexis Pissarouk.”. Donde se conclui que, durante 13 vezes, ele virá ao País em 2005.
  10. “Artistas entediados com o individualismo, esses que se organizam em coletivos, compareceram à festa no arraial, para ‘amplificar’ as relações conectivas e intrincadas das redes humanas da contemporaneidade, promovendo um hibridismo, que não pressupõe a harmonia”, como bem (!!!) explicou a performática Fabiane Borges, 30, Fabi, psicóloga, falando numa festa do MST, segundo Heloisa Helvécia, na Revista da Folha. Por isso, eles não se entendem.

Pregado no poste: “Sou brasileiro e não existo nunca”

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