Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2010Crônicas

Por aí…

Esse interior paulista, o interior da caipirada, tem cada uma! Enquanto as preocupações forem essas, sempre haverá caipira varando 100 anos, rindo da morte e curtindo a vida. Imagine que está o maior quebra-pau em Franca, porque querem mudar o brasão de armas da cidade para colocar nele um par de sapatos e uma bola de basquete. Outro problemão em Franca: faltam agentes funerários. Os que se candidatam têm medo de defunto e pensam que era só para vender caixões.

Ali perto, o ex-prefeito de Patrocínio Paulista, recebeu uma ordem do juiz: “O senhor fica proibido de freqüentar prostíbulos!” E a mulher que foi desentalar um naco de carne da garganta e engoliu o garfo? Um adolescente pulou a janela da sala do delegado, caiu no pátio de viaturas, entrou numa que tinha a chave na ignição e fugiu. Foi alcançado na divisa com Minas Gerais. Nessa mesma região, um fazendeiro mineiro, desconfiado que só ele, procurou o padre da cidade e avisou: “Óiaqui! Dei quinhentos merréis (R$ 500,00) pra cada moleque que vai segurar na alça do meu caixão e me trazê para ser enterrado aqui na igreja. Se deixar por conta da família, eles me enterram lá na fazenda mesmo e babau!”

Ah! Tem a do coronel. Tomou o trem da Mogiana em Poços de Caldas e acendeu o picadão. O guarda chegou. Ouça a conversa deles:

— O senhor não leu ali no vagão o aviso de que não pode fumar?

— Seu moço, se eu seguir todos os avisos, vou tomá Coca-cola daqui inté Campinas!

Aqui em Ribeirão Preto, saiu esta chamada na primeira página de um jornal: “76% dos estudantes de Ribeirão estão em privadas”! O jornaleiro começou a gritar pelas ruas: “Não dá a descarga! Não dá a descarga!” Já pensou no cheiro das salas de aula?

É assim que o magistral professor Vicente Golfeto ensina economia nas faculdades onde leciona. Todo mundo entende – e aplaude:

— A economia quer solução. O político quer problema. Por exemplo: depois da tempestade, vem o problema, as enchentes. A economia quer acabar logo com aquilo, para todo mundo trabalhar. O político quer a enchente, para prometer solução e receber votos. Espera encher a urna de votos e ganhar com as promessas de licitação, concorrência, tomada de preços etc. etc… Depois da tempestade, vem a bonança — só para os políticos.

Pregado no poste: “Empresário assusta o mercado com o tamanho do seu negócio”

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