Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Perguntinhas

Viajava e, quando cheguei, li este alerta do Zeza Amaral:

“… E o que há de mais sórdido, além de covarde, senão o ato de mentir a um pobre, convencendo-o de que o pouco que recebe lhe será retirado por uma lei prestes a ser votada pelos vereadores da sua cidade? Foi o que aconteceu, raro leitor, na última quarta-feira, na propícia ocasião em que a mulher do prefeito, Rosely Nassim Jorge Santos, esteve na Câmara, para depor sobre um nebuloso Fundo Municipal de Investimento. Protegida por seus acapachados vereadores, insolentemente ela usou o tempo regimental da Casa para falar o que quis e de lá saiu aplaudida por servidores e pobres aliciados – agora aliviados, mas, ainda sem se dar conta de que foram covardemente manipulados. Enfim, vendo o homem pregado na cruz, e mergulhando na mais funda indignação, noto que os fariseus de ontem são os mesmos que hoje manipulam os pobres que de seu só têm uma cesta básica e uma bolsa-família. Além do Reino dos Céus, que, na Terra, infelizmente, não lhes serve para nada.”

Fui saber o motivo da indignação desse homem digno e a repórter Rose Guglielminetti, tão digna quanto, me deixou com as seguintes perguntas, entre as que os vereadores não conseguiram fazer, senhora dona Rosely:

  1. Se já existe o Fundo Municipal de Assistência Social, para que mais um fundo? O que a Prefeitura não faz que precisa desse?
  2. Por que será submetido ao gabinete do marido e não à Secretaria de Assistência Social?
  3. Por que só prestará conta ao TCE e não à Câmara? Onde será enfiado esse dinheiro, que os nobres da egrégia – e o povo, portanto — não podem saber?
  4. Por que senhora foi escolhida para digerir o fundo? Ninguém na cidade sabe fazer isso?
  5. É verdade que o povo foi “convencido” a ir àquela sessão?
  6. Ouço vozes vindas da egrégia: como a senhora se sente sendo chamada de prefeita?

Para quebrar o gelo, então, respeitosa senhora dona Rosely, velha e sempre oportuna piada: Hillary e Bill Clinton abasteciam o carro e ela disse a ele: “Esse frentista foi meu namorado”. E ele ironizou: “Mas se você tivesse se casado com ele, não seria primeira-dama…”. E ela arrematou: “Nada disso! Ele é que seria presidente dos EUA!”.

A senhora já abasteceu o carro com o seo dr. Hélio?

Pregado no poste: “Isalene chega uma!”

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