Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2004Crônicas

O ‘patrimônio’

Conto o milagre, mas não conto o santo, porque o santo não quer aparecer. Os motivos, você vai descobrir daqui a pouco. Mas dia desses, num pequeno questionário sobre alguns dados históricos da cidade, perguntei o nome da onça do Bosque, o número do bonde do Bonfim, a casa da Paraguaia, o endereço do Café do Povo, por aí. De alguns desses dados eu também não sabia a resposta. Aí, uma pessoa me escreveu para esclarecer. Como diz a revista Veja, “seu relato”:

“Quanto às casas das ‘primas’, devo lembrar que a da Paraguaia ficou famosa só depois que a zona do meretrício se mudou para o Jardim Itatinga, na estrada de Viracopos. Antes disso, a ‘zona’ localizava-se no trecho compreendido entre as ruas Bernardino de Campos, Senador Saraiva e Benjamim Constant, sendo que na Senador Saraiva existiam as casas mais famosas, como a da Rosa (companheira do Geová), a da Paraguaia, a da Álea, a da Geni (que só atendia garotos usando gravata). Outras casas famosas daquela época eram a da Madame China, que ficava na Ernesto Kuhlmann esquina com Benjamim Constant (onde existe hoje o prédio da Telefônica), defronte ao Mercado Municipal, e a da Lola (Castelinho), que ficava na Rua Conceição esquina com Boaventura do Amaral, defronte ao Jardim Carlos Gomes. A casa da Paraguaia, no Jardim Itatinga, era a mais famosa porque tinha as mulheres mais bonitas, escolhidas a dedo (Epa! Obs: o ‘Epa! É meu…) e também porque era uma casa muito grande, bonita, com piscina, e tudo o mais. Meu caro Moacyr Castro, faço este pequeno comentário apenas a título de colaboração e com certo conhecimento de causa, porque vivi aquele tempo e sentia como Campinas era diferente, não só nesse aspecto (Que coisa incrível! Obs: O “Que coisa incrível” também é meu…), mas em tudo o mais, como você tem comentado em seus artigos. Se publicar algum comentário sobre essas recordações, peço-lhe a fineza de omitir o meu nome, por razões óbvias, como deve entender.” (!)

Seo Toninho, se o senhor tombar esses endereços em nome do patrimônio histórico, será que dá confusão pro seu lado?

Pregado no poste: “Seo Toninho, greve no governo dos outros é refresco, né?”

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