Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2003Crônicas

O filho da impoluta

Sou eu.

A gente se mete a perder tempo vendo Show do Milhão e outras bobagens, para se distrair, e… diz bobagens. Semana passada, escrevi aqui que o Enola Gay era a bomba atômica que os ancestrais do Bush jogaram no Japão. (Sabia que falar sobre isso, justo em Campinas, daria confusão. Deu.) O Roberto Godoy (que sabe de arma mais do que a turma do Pentágono) avisa que está tudo errado. Enola Gay é o nome do avião que levou as bombas. Enola Gay também se chamava a mãe do comandante daquele avião fatídico, mister Tibbests. A bomba que lançaram em Hiroshima se chama ‘Fat Boy’ e a de Nagasaki, ‘Little Boy’. Ou ‘Gordinho’ e ‘Piquininho’ – como se vê, nada a ver com o Beto…

Logo depois da bronca do Seo Roberto, chega uma carta. É aquela amiga da nossa querida prefeita que, certa vez, quase me mata porque me dirigi a ela como “alcaida” e “alcaidessa”. A amiga (que amiga!) disse que alcaida era parente do Osama Bin Laden e que eu chamava a titular do trono do Palácio dos Jequitibás de terrorista. Será que “titular do trono do Palácio dos Jequitibás” deixa a amiga da prefeita contente? Quanto à alcaidessa, então, a amiga pensou que eu ironizava a prefeita, insinuando que ela fosse nobre, como uma condessa ou viscondessa…

Agora, a carta é por causa da crônica da semana passada, aquela do manual da Associação dos Amigos de Ribeirão Bonito para pegar prefeito (e prefeita) ladrão. Disse que dona Izalene não merece que duvidem de sua conduta impoluta e ilibada, embora a Câmara teime e esconder do povo, que paga tudo, onde foi parar o dinheiro de certos eventos tão caros. (Para essa gente, o povo é só um detalhe. Para a Zélia Cardoso de Melo também era.).

Mas vocês não queiram saber a confusão que a amiga da alcaida fez com as palavras “impoluta” e “ilibada”! Já imaginaram, né? Na melhor das hipóteses, ela confundiu ilibada com libido e disse que eu não tenho nada a ver com a vida particular de ninguém (!!!).

Prefeita idolatrada, estão indispondo a senhora comigo. Jamais me imiscuo na vida particular da senhora (e antes que sua amiga invoque com “imiscuo”, esclareço que quer dizer “não me meto”… Ih! Será que ela vai fazer outra confusão?). Para resumir a história, ela disse que eu sou um “filho da impoluta”. Mas nisso ela está certa.

Pregado no poste: “Ei Lula! Mande dona Izalene se candidatar também”

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