Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2000Crônicas

O culpado

Quarta-feira, saiu aqui no Correio uma pequena biografia que fiz do grande Álvaro Ribeiro, fundador desta nossa casa. Só que, mais uma vez, o computador me confundiu com a mestra Célia Farjallat. Eu caprichei, mas todo mundo percebeu que jamais meu texto seria igual ao dela. Quem sou eu? Desta vez, a confusão não prejudicou a professora de todos nós.

Anos atrás, fiz uma crônica ironizando o debate sobre o aborto e sugeri: quem for contra o aborto que não aborte; quem for contra o divórcio que não se divorcie, por aí. O computador também assinou o nome dela. O padre da paróquia da dona Célia leu e a acordou às seis da manhã, indignado. Foi duro provar para ele que ela não era eu.

Nosso editor, o Dario Carvalho Júnior, pediu que eu explicasse a mancada do computador, lembrando que ele deve ter errado porque dona Célia e eu somos parecidos: “Afinal, ela usa óculos e você também.”. Computador é uma verdadeira “Magda”. A gente escreve uma coisa e ele, burro como ele só, “lê” outra. Comigo, já saiu: “Sertãozinho e Xororó”; “Parque dos dicionários”; “colchão de defunto”; “garagem mediterrânea”; “Tiradentes morreu esforçado”… O computador também erra sempre o meu e-mail: às vezes, sai “jequeti”, em vez de “jequiti”. Falar nisso, dê uma espiada no fim desta crônica e veja se saiu certo. A Maria do Carmo Pagani, nossa chefe de reportagem, prometeu dar um puxão de orelhas nele, se errasse outra vez.

Aproveitando a ordem do Dario, corrijo três falhas, agora minhas. A Ana Maria Januzzi ligou indignada: “Como você escreve que não sabe quem foi o Antônio Pompeu, o patrono da praça? Além de meu bisavô (Ou trisavô, Ana?), é fundador do Culto à Ciência!”. Essa é imperdoável. O Elcio Cerqueira Leite, da Sambaíba, avisa que é um “anjo loiro” e nunca teve a cabeça branca. E o Roberto Piantoni e o Antônio Edson me esclarecem: “A areia da caixa sob o banco dos bondes era espalhada nos trilhos em dias de chuva, para evitar que eles patinassem”. Vivendo e aprendendo. Perdão.

Pregado no poste: “No jornalismo, errar é desumano”

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