Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2008Crônicas

Nossos pilotos E pilotas! (1)

Durante anos, três mosqueteiros e uma ilustre mosqueteira conversavam via internet pelo menos três vezes ao dia. Sobre tudo, principalmente daquele templo, do Culto à Ciência, que sábado celebra seus 135 anos, na Fonte São Paulo. Momentos mágicos que se prolongaram como uma pós-graduação em História, Português, Matemática, Geografia, Latim, Francês, Inglês, Desenho, Física, Química, Música, todo o currículo.

Guilherme Nucci, Carlos Francisco de Paula Neto, mestra Quinita Ribeiro Sampaio e eu revivemos os dias mais felizes de nossas vidas. Todos aqueles diálogos estão devidamente guardados e é deles que o De Paula me manda mensagem do Guilherme, de 13 de dezembro de 2002, relatando a “frota” dos professores dos anos 50 e 60. Vejam que reconstituição:

“Caros.

Vou falar dos carros dos professores. Acho um perigo falar dessas coisas perto do Moacyr, que tem memória de manada, mas vamos lá.

  1. Quinita, não dirigia, mas o marido a levava numa peruinha DWW verde (“peruinha” e demais, não é?).

Sr. Lívio: primeiro, teve um carro azul grande, creio que Dodge, daquele azul que não é celeste nem marinho, mas desbotado pelo sol, sacomé? Depois, trocou por um fusca, igualmente azul, que acabou por ficar igualmente desbotado (andei nos dois carros; história à parte, a qualquer momento, em edição extraordinária).

Sr. Moacyr: teve durante anos e anos um Chevrolet branco (outra história à parte) e depois comprou um fusca verde claro

  1. Celina: fusca branco como as asas dos anjos; cegava a vista de tão branco.
  2. Zilda (outro encanto de pessoa): Dauphine branco.
  3. Lúcia Helena Smanio: Sinca, não sei se Chambord ou Tufão (acho que Tufão), pérola ou cinza.

Sr. Jonas: um Ford verde-escuro, mas não daqueles com umas linhas pretendendo ser quadradas nem daquele cujo perfil é um semi-círculo, mas, sim, daquele cujo perfil se assemelha a um cabide, saqualé?

  1. Mariinha morava em frente ao colégio, mas o marido tinha um Ford preto (esse, já daqueles cujas linhas tinham pretensões de virem a ser retas; acho que é o 51, não é?).
  2. Auzenda e seu antológico DKW vermelho.

Sr. Amauri: tinha um DKW, creio que verde, mas antes do DKW teve um Prefect, verde ou cinza.

Sr. Sílvio: tinha um carro preto pequeno, acho que também um Prefect.

  1. Margô Proença: peruinha DKW vermelha ou bordô.

Sr. Basílio, Sr. Jacques, Sr. Benê, Sr. Calazans, Sr. Inácio, D. Maria José: chegavam a pé.”

Sábado, completam-se as escuderias.

Pregado no poste: “Repararam no tratamento ‘Sr.’ e ‘Dona’, que perdura? Isso é respeito e admiração!”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *