No reino da bicharada
Outro dia conversamos aqui sobre os bichos – eles vivem bem sem os homens e não precisam dos homens para viver. Nem as plantas. E os homens precisam dos bichos até para vender seus produtos. Alguém explica a força dos animais na propaganda? Só puxando pela cachola, olhe só o que deu:
O galo no macarrão, no azeite e na velha gravadora Chantecler.
Também existe a andorinha no azeite.
O pingüim da choperia, na marca da Antarctica e nos fios de tricô.
O condor do relógio e o da Condor Filmes (Você não fez chô! pra ele, no cinema?).
A arara e o beija-flor nas caixas de fósforo.
A águia no guidão das motos Harley Davidson e do Banco de Boston. Falar nisso, quem sujou o Banco de Boston?
O colibri (é colibri ou sabiá?) das cordas de violão.
Os dois peixinhos (arenques) da camiseta Hering.
O camarão da caninha Pitu.
A zebra da loteria esportiva.
A raposa da Cibramar. Ou da Lemar?
O cavalo do Marlboro, da Ferrari, da cerveja Mossoró, do uísque Cavalo Branco e o cavalinho da caninha.
O porco do Palmeiras, das Casas da Banha e do frigorífico Eder (“O que você vai ser quando crescer?” “Salsicha, ué!”).
O touro da cerveja Caracu, mas que é da raça pardo-suíço.
O boi do elixir Dória.
A vaquinha do leite em pó Mococa.
O jacaré da camiseta La Coste e do querosene.
O tigre da Kellog’s, da Record (antes de ela ser ‘tela crente’) e da Esso.
O elefante da Cica, que fazia hora-extra na Shell.
O leão da Metro e do Imposto de Renda.
O urso da Coca-Cola.
O rinoceronte da Eucatex (ou da Duratex?).
Os cachorros dos móveis de aço Fiel, da Cofap, da gravadora RCA Victor, da iG e o Poodle branco, da casa Prelude.
As coelhinhas da Playboy.
O castor dos colchões de mola.
Os esquilos da Construtora Balbo.
O coelho da Páscoa e do achocolatado Quick.
As renas do Papai Noel.
O camelo do cigarro.