Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2010Crônicas

Não é um país sério

Deu nos jornais:

Não foi aqui – “Está o maior auê na prefeitura de Magé (RJ). A atual prefeita, Núbia Cozzolino, quer saber onde foram parar dois pênis de borracha comprados com a nota fiscal 002493 na gestão da antecessora, Narriman Zito.”

Quem nos governa? – “A visita dos ministros do Trabalho, Ricardo Berzoini, e da Cultura, Gilberto Gil, à Vila do João, no Complexo da Maré, para lançar programas de qualificação profissional de jovens, teve a permissão do tráfico de drogas local (!!!). A informação foi confirmada por Andréa Pena, assessora de imprensa da Ação Comunitária do Brasil, ONG que sediou o encontro. No local não havia carros das polícias civil, militar ou federal. Berzoini reconheceu que estava sem segurança da Polícia Federal.

Foram cantar em outro terreiro – “O delegado Antonio Rayol, que presidiu o inquérito sobre o envolvimento do publicitário de Lula, Duda Mendonça, com brigas de galos, foi afastado do comando da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal do Rio. Dois agentes, Luís Amado e Marcelo Guimarães, que comandaram a interdição da rinha, já tinham sido transferidos para o interior do estado.”

De costas para Deus – “Hoje, ao meio-dia, tem missa pelos seis meses da morte de Brizola na Igreja de São Benedito, no Centro do Rio. É a mesma da missa de 30 dias, quando o padre fez algo inusitado para um templo: pediu para todo mundo ficar de costas para o altar e reverenciar a foto do velho trabalhista na entrada.”

Já a festa para Stalin… – “A decoração de Natal em Campinas, neste ano, superou todas as expectativas possíveis de atos infelizes e desastrosos, garantindo uma comemoração natalina sem brilho, sem luzes e sem mensagens de esperança por dias melhores para a população. Neste período do ano, em que todos buscam símbolos para a fraternidade e a fé em comemoração ao nascimento do menino Jesus e ao Ano Novo, os campineiros amargam frustrações. Um festival de trapalhadas pelas ruas e praças, incluindo a ‘presepada’ com o presépio em frente da Catedral, tornará o fim de 2004 inesquecível.” (Obs: será que é porque Jesus não cobra cachê?).

Por que $erá? – “O governo se empenha em derrubar a legislação que classifica seqüestro e tráfico de drogas como crimes hediondos.”

Pra burro – “A primeira questão da prova não-específica de matemática do vestibular da UFRJ é o cúmulo da multidisciplinaridade. Bastava já ter usado um dicionário e saber o alfabeto para acertar. Vejam só: “Maria deseja saber o significado da palavra “escrutar”. Abriu o dicionário e verificou que o primeiro verbete da página 558 é ‘escrutínio’ e o último é ‘escutar’. Indique qual das três alternativas a seguir é a correta. I – A palavra procurada encontra-se na página 558. II – A palavra procurada encontra-se em uma página anterior à 558. III – A palavra encontra-se em uma página posterior à 558.”.

A turma dos direitos humanos não protestou contra os bandidos – “O engenheiro civil Francisco César Bortolai, de 51 anos, foi morto com um tiro no peito depois de ser abordado por dois homens, em uma moto, que anunciaram assalto, em frente de sua casa no Jardim Santa Odila. Ele foi baleado ao tentar fechar o portão da garagem para que os ladrões não ao alcançassem. Bortolai carregava em um dos bolsos da calça uma importância em dinheiro, cujo valor não foi divulgado. Os criminosos teriam seguido o engenheiro desde quado saiu de uma agência bancária onde sacou o dinheiro. É a 16ª vítima de latrocínio neste ano na cidade.”.

Enquanto isso… — Os 352 soldados da PM que se formaram em Campinas fazem o primeiro estágio no Litoral Paulista. Eles reforçam a ‘Operação Verão’, que começou dia 15 e terminará a 13 de fevereiro.

Representantes de que povo? — A Câmara de Campinas aprovou o aumento do salário dos vereadores de R$ 4,5 mil para R$ 5, 3 mil por mês. O reajuste representou uma elevação de 17,7%. Outro projeto aprovado pelos vereadores disciplina o salário dos comissionados. O texto contempla os vereadores com verbas de R$ 26 mil. O dinheiro será usado para a contratar funcionários para os gabinetes.

Pregado no poste: “Bugrino virou substantivo abstrato?”

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