Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2007Crônicas

Na Culto à Ciência – 3

Saindo da enorme residência da família Affonso Ferreira, Armando Affonso Ferreira e Carlos Alberto de Abreu Ferreira mostram a casa vizinha, nº 252, da família Camargo. O Carlos lembra-se do nome das filhas: Jacyra e Odete. “Terminando a primeira quadra, só do lado par, na esquina com a Hércules Florence, ficava a segunda casa em que morou o dr. Washington Marcondes Ferreira, agora em 1939, no 276. Esta casa tinha fachada de uns oito metros e a lateral, do lado da Hércules Florence, era extensa, com porão alto e bem habitável.

A segunda quadra deste lado par ia da Hércules até a Barão de Itapura e era ocupada pelo Ginásio, que deu o nome à rua e lá continua. Depois da Barão de Itapura, a chácara dos Egydio de Sousa Aranha. O ginásio de esportes foi construído em 1945 para os Jogos Abertos do Interior – antes, era o pomar do colégio, com muitas mangueiras. A presença dos alunos sempre alegrou a rua, na entrada e saída das aulas.

A primeira casa do lado ímpar era do médico Valente do Couto e sua família, a jovem Yolanda, sua filha, e o filho Armando. Um palacete; sobressaía pela beleza. No 106, morava o dr. Montenegro. Na esquina com a Sebastião de Sousa, os Anderson. Com o casal, viviam os filhos Odete, João, Oswaldo e Mário. A segunda quadra deste lado ímpar começava na ‘Escola Profissional Mista Bento Quirino’, que ensinou profissões a muitos jovens. Ainda é uma beleza de prédio. (Lembro-me, por volta de 1938, de uma reunião realizada nesta escola pelos Integralistas (partido político), porque me impressionou a quantidade de pessoas uniformizadas com camisas verdes, braçadeiras com o distintivo formado pela letra grega ‘sigma’, gravata preta, calça ou saia escura e sapatos pretos.).

Pegado à escola, no 229,  moravam o dr. Próspero Ariani e família; casa bonita, belo jardim e um grande terraço em arcos arrematados com pedras. Anos depois, foi residência do dr. Azael Lobo. No 257, morava o dr. Edgard Ariani, filho do dr. Próspero e engenheiro da Mogiana, sua esposa d. Izette, e os filhos Fernando, Edgarzinho e Vininha. Entre o dr. Próspero e o dr. Edgard, duas casas geminadas, sem recuo. Na vizinha ao dr. Próspero, morava uma família grande, com 9 filhos e uma das filhas chamava-se Ercília. Na outra, Salvador Lombardi Neto e os pais — ele tornou-se radialista e jornalista conhecido em Campinas.”

Pregado no poste: “Lombardi faz falta à vida da cidade. Sábado a gente volta.”

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