Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2005Crônicas

Mais largo do que cueca de político

Antes de mais nada, a Regina Duarte tem razão. E no governo do Lulla, só há dois ministros: o Roberto Rodrigues, que estudou no ‘Culto à Ciència’, como ela, e o Luís Fernando Furlan. A Dilma também, quando era das Minas e Energia. O resto é tudo descartável, não faz falta alguma.

Hollywood vai filmar o ‘Onze de Setembro’. Quer apostar como no final, o Bin Laden erra os alvos e o Bush beija a Condolleeza Rice?

A Casa Branca também já decidiu o final da novela América. O tal de Glauco planejou o seqüestro da própria filha, porque descobriu que a coitada tem um caso com a filha da Vera; e ele não suportou saber que é assediado por uma boiolinha de Ipanema. O destino da Pimenta é fugir com o Fidel Castro da ilha e financiar novo “inimigo” americano, para alegria das esquerdas juvenis em todo o mundo: Hugo Chávez é seu nome – pena que ele não tenha bigode nem aquele olhar de quem não sabe o que fazer depois de ouvir um discurso do Lulla. Mas também usa boina — meno male. Quando a Pimenta perceber que o Fidel está apitando na curva, se lembrará do Clinton e oferecerá um charuto a ele, já que pimenta na das outras é refresco. Copiou Farinha? (Aliás, não sei como os politicamente corretos permitiram que se apelidasse uma criança com o nome de Farinha, mormente no Rio de Janeiro, onde ‘farinha’ é sinônimo de cocaína.)

(Puts! Quando aquela santa que mora aqui em casa ler esta crônica, acho que… Nem quero achar!)

Vamos em frente, e falemos de gente honesta. Conta o jornalista, gente boa demais, Joaquim Ferreira dos Santos, que na entrada do hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua do Riachuelo, Rio de Janeiro, foi afixada uma propaganda do cemitério da Ordem, com o seguinte slogan: “Cemitério da Ordem Terceira do Carmo. O único com qualidade de vida.”. Depois dessa, ninguém mais se espanta naquele restaurante de Araçatuba, que sinaliza os toaletes para ele e para ela com as imagens de Jesus Cristo e Nossa Senhora – em neon.

Vamos em frente e falemos de gente mais honesta, os nossos políticos e suas malas sinistras. Ninguém mais quer saber de mala. Repare no saguão dos aeroportos: “assessores” e falsos executivos já usam mochilas Kiplong para transportar notebooks, celulares, cartões de crédito, barras de chocolate Godines, óculos Armando, camisas Lafrente, camisinhas Latrás, calças Palácio da Justiça, coletes a prova de bala, bombom e bolacha,  blasers Brook Chia, gravatas Armanda e cuecas importadas pela Daslucro; principalmente cuecas. Enquanto isso, nas estações rodoviárias, só se vêem sacolas de feira, com calculadora paraguaia, cartão de orelhão, camiseta do MST, estilingue (para matar a cegonha), bermudão, havaianas, jaqueta de brechó, saquinho plástico com frango e farofa — tudo do camelô da Treze. Quer saber? Estou com a turma da sacola, porque trabalha para viver; não tem como comprar ninguém e nunca mais votará errado. Certo?

Uma vez, em Sertãozinho, apareceu uma mala embaixo de um orelhão. Bomba? Cercaram a dita cuja com aquela tirinha amarela listrada, até chegar o esquadrão anti-bomba. Chegou também um janota esbaforido. “Parem! Parem! A maleta é minha! Falei no orelhão e esqueci aí! E foi embora. Será que pra Brasília?

É sério: aqui em Ribeirão Preto, também acharam uma mala embaixo de um orelhão. Foi semana passada. Estava cheia de reais novinhos em folha. Chamaram os federais, estaduais e municipais, civis, militares e eclesiásticos. Caíram na pegadinha de algum gaiato bem brasileiro: todo o dinheiro era falso. Por isso no Brasil nunca acontece nada.

Pregado no poste: “Pelo menos com o nepotismo, os Poderes tornam-se instituições familiares”

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