Fotos & fatos

A incrível galeria começa pelo hipódromo da Boa Vista, ali onde o Renato Otranto conseguiu a façanha de entrevistar um cavalo, o Quari Bravo, do Benjamin Steinbruck. Depois, aparece o Brinco de Ouro. Como ali não se joga futebol há muito tempo, o que era gramado está esburacado, pronto para começar uma criação de tatu. À direita, o Majestoso: seo Moysés continua o mesmo, de costas para o campo, para não chorar de tristeza.

A Lagoa do Taquaral e a caravela do seo Cabral, lá no fundo, ancorada como no dia 22 de Abril de 1972, quando encalhou ao ser lançada na abertura da festa dos 150 anos da independência do Brasil. (Eu disse independência?). A tal da Arautos da Paz, peladinha, peladinha, mais do que o deserto do Castelo e o Largo da Catedral, nu, sem o Alecrim.

O Bosque dos Jequitibás, do Vicentão, dos leões, tigres, macacos, cágados, cutias, das tias e veados. O Largo do Pará, cheio de machos… O Centro de Convivência, sonho do magistral Fábio Penteado (Ele dizia: “Quanto mais praças melhor; o povo reunido nelas derruba o governo.”. Hoje, nem na Praça dos Três Podres — ou Poderes…). A Escola de Cadetes, como uma pantera cor-de-rosa. Com tijolos dela, ergueram o Majestoso, e pelas guaritas desfilava Maria Batalhão: “Dinheiro na mão, calcinha no chão!”

A Estação da Paulista: inúteis quiseram rimá-la com Estação Stalinista. Ali fizeram Campinas perder o trem da história, a carroça do Dito Colarinho e o guichê de passagem dos “trens para o interior”. Ficaram o salão do barbeiro Luís Conceição e o bar do Marcos Rogel, nossos heróis da resistência. A exibição ainda oferece o Campo dos Amarais, onde, dizem, desembarcaram US$ 3 milhões, vindos de Cuba para ajudar a eleger o Lulla. Não vi e não sei. O eleito também não.

Vale a pena ver a cidade de cima, retratada pelo Rodrigo Ruiz, a bordo do dirigível da Good Year. É só entrar no www.rodrigoruiz.com.br. Posso garantir que por cima é bela viola, mas por baixo…

Pregado no poste: “Como Sócrates, o Lulla só sabe que nada sabe”