Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2004Crônicas

Eu…

…almocei no restaurante do Bosque dos Jequitibás e no Rosário; comi picadinho de carne com batata no Pachola, cachorro-quente com purê de batata no carrinho da Barão com César Bierrenbach, calabresa com provolone no Bar da Lingüiça, a “Marta Rocha” com chope no Giovanetti e bolinho de bacalhau no Bar Azul e no City Bar; tomei sorvete no Capelli e nas Lojas Americanas; só não jantei no Armorial porque era muito caro.

… não perdia nada no Teatro Municipal, na frisa, balcão ou platéia; senti a Orquestra Sinfônica Municipal quando encantava Campinas e consagrava compositores de ontem e de sempre no Convivência ou no Mercadão; ouvi a Banda Santa Cecília tocar “O Guarani” melhor do que a orquestra do Scala de Milão; estive em todos os cinemas, do Windsor ao São Jorge, e às sessões “Gazetinha’, das manhãs de domingo no Carlos Gomes.

… telefonei “pedindo bis”, para a Educadora; “Disquei” minha música na Brasil; subi os “Degraus do Sucesso”, na Cultura”; acordava na “Hora do Trabalhador”, também na PRC-9; dancei no “Rádio Baile”, da Cultura; sabia do Guarani e da Ponte no “Esportes no Ar”, da Educadora, e captava o “Radar dos Esportes”, na Brasil.

… descansei à sombra do Alecrim da Catedral e abracei seo Rosa; assisti missa com dom Antônio Maria Alves de Siqueira, monsenhor Lázaro Mütchlle e o cônego Geraldo Azevedo; comprei bilhete de loteria e joguei no bicho com o padre Chiquinho.

… arrumei a vista no Penido e fiz óculos na Ótica Mário.

… sou fã dos cientistas do Instituto Agronômico “Alcides Carvalho”, do núcleo de satélites da Embrapa, da ONG Ecoforça, da Unicamp e da Puccamp.

… fiz compra no Mercadão, no armazém do Sesi, lá no alto da Barão de Itapura; na Garbo, na Ducal, na Galeria Paulista e na Exposição.

… estudei e aprendi a fazer amigos e a admirar os alunos do Parque Infantil “Corrêa de Mello”, do Colégio Rio Branco, do curso do seo Pompeu di Túlio e sua Aninha, do Culto à Ciência e da Puccamp – os nomes de todos, graças a Deus, não caberiam em todas as edições de todos os jornais do mundo.

… até hoje, felizmente, sou aluno de todos os meus professores – estão na minha lembrança, agradecida, como meus pais, a cada momento. Com eles, aprendi a admirar esta terra.

… escrevo neste jornal fundado por Álvaro Ribeiro e engrandecido pela família Godoy.

… viajei no bonde do seo Vignatti e sou irmão do Roberto Godoy.

Eu sou campineiro! E peço aos campineiros daqui e de fora: quando chegar a hora, por misericórdia, vamos extirpar essa cambada de forasteiros inúteis que fazem da nossa uma infeliz cidade.

Pregado no poste: “Eles são filhos e filhas de Deus? Será? Mas não gostam de Campinas”

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