Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2004Crônicas

Está aberto!

Gente do Céu! O bar do Alo está aberto!

Está ouvindo a algazarra? São ex-alunos do Culto à Ciência, correndo para a cantina do colégio, no intervalo das aulas. Até os professores. Veja: Zilda, Quinita, Alexandre, Amarilis, Maria de Lourdes, Hilton, Jonas, Sílvio, Juca, Jackes, Maria José, Lenine, Maria Madalena, Lícia, Mário Scolari, Calazans, Mariinha, Amaury, Auzenda, Odete, Valdir… Nossa, todos!

Esconda o cigarro, olha dona Gladys chegando. Milton, Renato, Aurorinha, Herotildes, Angelina, Celina Mesquita, Colombo, Biojone, Cardamone, Carpino – eles vigiam até as meias que a gente usa.

Você se lembra daqueles pastéis de carne, queijo e palmito ma-ra-vi-lho-sos que o Alo e a dona Janete faziam pra nós? Pois é, ainda tem. Pega um, aproveite! Deus, que não é bobo nem nada, levou a dona Janete para fazer pastelzinho no Céu – de tanto São Pedro pedir. Agora, cuidam das delícias com o Alo a Janetinha e a Nadja – eram pouco mais que bebês, estão lindas, simpáticas, adoráveis como os pais. Estive com eles dia desses.

Sabe onde? No Bar do Alo, uma casinha pequenina de madeira que o ex-aluno Edivaldo Orsi (pra nós o eterno “Cavalo”) ajudou nosso amigo a montar na Avenida Baden Powel, 1.821, no Jardim Nova Europa. É igual à cantina do colégio. Refrigerantes (nada de álcool), lanches, chocolates, doces, balas, bolachas e os pastéis. Que vergonha! Comi todos! Aquela santa que mora aqui em casa fala neles até hoje.

O Alo está do mesmo jeito, sorriso aberto, elétrico, contador de histórias, um eterno deslumbrado com a vida e com as pessoas que o visitam, gozando a juvente dos oitenta e tantos anos. Não se esquece, jamais!, de nenhum de nós, alunos e professores – ele, também, um mestre da educação e da gentileza.

Nosso querido Alo. Você sabia? Ele foi centroavante do juvenil da Ponte Preta, do Corinthinha da Regente Feijó e do Swift. Foi soldado do exército em Itu, em 1940 e, acima de tudo, o “Alo, dono do pedaço mais gostoso do Culto à Ciência, a cantina da nossa escola”, como diz a flâmula que os alunos fizeram para homenageá-lo e ele deu de presente para aquela santa.

Você, ex-aluna, ex-aluno, nem importa que não tenha estudado lá, vá visitar o Alo, na Baden Powell, 1.821. Uma coisa eu garanto: durante a visita, ninguém no mundo estará em melhor companhia do que você.

Pregado no poste: “Campineiros deixam Campinas, mas Campinas não deixa os campineiros”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *