Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2008Crônicas

É por ali mesmo

Nada indica que seja golpe. É ‘ovni’ mesmo. E no mesmo lugar, bandas de Americana, onde o fotógrafo Edivaldo da Silva Alves filmou uma estranha bola luminosa sobre a Praia Azul. As imagens em movimento do tal ‘negócio’ são instigantes. É que muito malandro gosta de aprontar com essas histórias de discos voadores. Uma vez, um retratista do extinto “Diário da Noite” grudou duas calotas de um Galaxie e não é que a ‘coisa’ ficou parecendo uma nave de marcianos? Ele subiu ao topo do prédio do Banespa, em São Paulo, junto à torre da também extinta TV Tupi. Pendurou o ‘objeto’ no fio de náilon de uma vara de pescar e fotografou. No dia seguinte, o jornal assustou a cidade. Demorou para ele revelar a brincadeira – nem era Primeiro de Abril.

Aí em Campinas, nunca vi. O pessoal do Observatório do Capricórnio pode ajudar a esclarecer, já que o E.T. de Varginha e o chupa-cabras se mandaram, sem deixar ninguém para contar a história. Comandantes de jatos internacionais que desciam em Viracopos  nunca confirmaram nada.

Mas quando vi que o Edivaldo filmou a bolsa se mexendo sobre Americana, a pulga saltou de trás da orelha. Há quase quarent’anos, várias vezes o fotógrafo Antônio Carlos Erbolato, da Sucursal de Campinas do ‘Estadão’ e eu, voltando de reportagens pelo interior, na estrada Torrinha – Piracicaba, deparamos com cenas parecidas como essa filmada pelo Edivaldo. Sempre do lado esquerdo de quem vem de Torrinha e sempre na hora do lusco-fusco. Eram dez, doze, bolas bailando no céu, umas verdes, outras azuis, alaranjadas, prateadas, todas metálicas. Toninho fotografou, mas o filme não captou ‘niente’.

Numa dessas, vários carros estava parados no acostamento e muita gente observando. Tomei alguns depoimentos de pessoas que não estavam ali pela primeira vez, mas a turma do jornal achava que nós estávamos delirando. Certa vez, mas já noite alta, na cidade de Marília, vimos um tremendo clarão atrás de nuvens. O que se passou com estes dois caipiras assustados foi digno de dois patetas. Disse o Toninho: “Você fica aqui vigiando, enquanto corro até o hotel buscar a máquina!”. Quando ele voltou, a decepção foi inesquecível:

— Saco! É a lua!

Será que a turma do jornal estava certa?

Pregado no poste: “Diga ao Lula que as renas do Papai Noel não transmitem doenças renais”

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