Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

É muita honra!

É certo que dos verdadeiros amigos a gente jamais se esquece; mesmo que sejam muitos, tantos, tão importantes, porém mesmo assim, poucos os conhecem. Mas todos devemos a eles muito do lado bom de nossas vidas.

De geração em geração, a bagagem genética dos pioneiros se transfere de herdeiro para herdeiro. E uma instituição inteira, ainda que pra lá de centenária, guarda a mesma competência e dignidade de sempre. Assim, caminha para 120 anos uma sagrada dinastia da ciência mundial. E ela está ali, à vista de todos, na Avenida Barão de Itapura, esquina da Avenida Brasil, imponente como mandava a liturgia imperial que a criou.

Antigamente, para vê-la, era só passear no bonde “3”, do Guanabara. Aliás, havia um ponto bem à frente dos portões monumentais.

Hoje, a marca do nosso Instituto Agronômico de Campinas pode ser vista num selo – enorme e bonito – nas janelas de todos os ônibus da instituição. Lá estão a terra fértil; a espiral do DNA, com o segredo da honradez, dedicação a nós e sabedoria de seus cientistas e funcionários; o sol, luz própria de cada um que ali trabalha pela humanidade, e a folha verde das lavouras e das árvores que nos dão do pão que mata a fome ao teto que nos agasalha.

São humildes os cientistas: dizem no selo “Instituto Agronômico – orgulho nacional em terras campineiras”. Diria eu: “orgulho mundial em terras campineiras”. De fato, é um orgulho para o mundo vir às terras campineiras conhecer aqueles que fazem da terra a riqueza da Terra, repetindo dia a dia a rotina de Deus ao criar o mundo: rico, fértil, generoso e para todos.

O mundo sempre vem. O IAC é referência do melhor trabalho, dos melhores resultados. O mundo conhece o IAC muito mis do que nós. Pare à frente dos portões monumentais e pergunte a quem passa o que existe dentro desse lugar mágico. Houvesse um IAC em qualquer outra cidade de um País civilizado e ele seria sua glorificação, como a Torre Eiffel, a Estátua da Liberdade, o Coliseu, o Mosteiro dos Jerônimos, as Muralhas, o Big-Ben, o Portão de Brandenburgo, a Esfinge, as Pirâmides, a Praça da Paz Celestial, a Cidade Proibida, o Kremlin…

Creia: e nenhuma dessas referências é tão importante para a sobrevivência da Humanidade como o Instituto Agronômico de Campinas e sua gente. Tinha de estar em Campinas.

Pregado no poste: “Mas Campinas tinha de estar nesse mundo!?”

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