Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2006Crônicas

Cronista do olhar

Nerivelton Araújo, Augusto de Paiva, Sérgio Carvalho, Carlos Bassan, Humberto de Castro, Dominique Torquato, Adriano Rosa, Carlos Sousa Ramos Júlio César Costa, Leandro Ferreira, Gustavo Magnusson, Eduardo Beck, Élcio Alves, Mario Lúcio Sapucahy e Rogério Capela. São nossos cronistas da “Cena Urbana”. Uma imagem vale mil palavras: escrevi 296 para tentar descrever o que eles fizeram com arte e beleza em apenas 15 cliques!

Estátua viva: garotinha brinca no monumento a Dom Nery, entrando na cena como mais uma personagem da escultura.

Improviso: para quem não tem teto, capota de fusca conversível é guarda-chuva.

Música no ar: andorinhas nos fios lembram notas de uma pauta musical. Vocação.

Tudo pink: todo rosa, motoqueiro é atração certa, com tantos adereços (bolsas, bolsinhas e bolsonas), nem se importa.

Em família: a esbelta ave sai para passear com seus filhotes, que seguem à risca o rastro da mamãe.

Por um fio: enquanto isso, agarrado à saia da mãe, o menino não sente o risco de a roupa ir ao chão, deixando a jovem senhora em maus lençóis.

Espiritualidade: palmeira refletida no capô de carro, ao lado da palavra Deus, nos faz refletir sobre dois bens da humanidade — natureza e religião.

Chamado urgente: dois garotos se arriscam a levar um tombo ao chamar o amigo pelo interfone; para brincar, o perigo vale a pena.

Competição insólita?: será que essas pessoas apostam para ver quem escova os dentes mais rápido? Na rua…

Diferentes, mas iguais: ele numa moto, ela numa cadeira; ele de capacete, ela de chapéu de palha. Mas com algo em comum: sobre rodas.

Repouso: redes na rua, em meio à agitação do trânsito louco, convidam ao descanso gostoso. É de graça?

Sem-cerimônia: como no banheiro de casa, homem faz a barba em plena Praça Carlos Gomes.

Pátria?: na madrugada, catador de papelão dorme na calçada. A placa em seu carrinho abarrotado lamenta: “vida louca!” Em baixo de tudo, a bandeira do Brasil.

Amizade: papagaio de carona nas costas do cão pastor, pelas ruas do bairro.

Bíblico: um burrinho, um homem e uma criança de colo. Impossível não se lembrar da fuga de Jesus, Maria e José.

Pregado no poste: “Sorria”

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