Como dar más notícias
Esta eu vi, porque estava junto:
O patrão comprou um cão de caça e mandou um empregado buscar a fera, num sítio no Vale do Paraíba, e levar até sua fazenda, em Jaguariúna. O vendedor nem quis entregar: “Esse cachorro vale mais do que esse seu carro. Tem de comer esta ração importada e só pode beber água mineral, de duas em duas horas. Se quiser levá-lo, assine este termo de compromisso e não se esqueça de dar uma voltinha com ele de três em três horas.”. Com muito sacrifício, a missão foi cumprida. No dia seguinte, o administrador da fazenda liga para o patrão:
— Seo Júlio, aquele cachorro que o sinhô mandou entregar aqui ontem…
— Como ele está? Você faz direitinho o que o Samir recomendou…
— Sabe o que é, seo Júlio. O cachorro escapou…
— Vá atrás dele, homem!!
— Um caminhão, na estrada, passou em cima e matou ele!
Esta saiu no jornal “Safra”, da Usina São Francisco, de Sertãozinho:
E no meio da madrugada, o telefone toca. O homem levanta-se e atende:
— Alô, seo Carlos? Aqui é o Arnaldo, caseiro do seu sítio.
— Pois não, seo Arnaldo. Que posso fazer pelo senhor? Algum problema?
— Ah, eu só tô ligando para avisar pro sinhô que o seu papagaio morreu.
— Meu papagaio ? Morreu? Aquele que ganhei no concurso?
— É ele mesmo.
— Pôxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho!
Mas ele morreu de quê?
— De comer carne estragada.
— Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
— Ninguém. Ele comeu a de uns cavalos mortos…
— Cavalos mortos?! Que cavalos mortos, seo Arnaldo?
— Aqueles puro-sangues que o senhor tinha. Eles morreram de tanto
puxar a carroça d’água!
— Tá louco? Que carroça d‘água?
— Para apagar o incêndio.
— Mas que incêndio, meu Deus?
— Na sua casa.! Uma vela caiu, aí pegou fogo na cortina.
— Caramba! Mas aí tem luz elétrica. Que vela era essa?
— Do velório.
— QUE VELÓRIO?!?!
— Da sua mãe. Ela apareceu aqui de madrugada, sem avisar, e eu dei um tiro nela, pensando que era um ladrão…
Pregado no poste: “Faça do seu voto uma arma de cassa.”