Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2009Crônicas

Antes

Não adianta: apelido em político pega mais do que Dominique, nique, nique… Aqui em Pitangueiras, havia um prefeito que se elegia como “Nezinho do Jegue”, coitado do jegue. O presidente da Câmara de Sertãozinho é o eterno “Zezinho Atrapalhado”. E essa cidade, onde o povo só trabalha, já teve um prefeito “Zé Lascado”. Maluf não vale, já virou apelido. Por aqui passaram Grama e Seo Pagano, sem falar no ‘Babão’ (maldade).

No berço do Rogério Verzignasse, Cravinhos, o prefeito que saiu atende por “Boi”. Na primeira vez em que a boiada passou na frente da prefeitura, o peão gritou “Eh boi!!!” – o prefeito respondeu: “Já vou!”. Em Igarapava, o prefeito Giriri morreu assassinado, dizem, por não ter honrado compromissos de campanha. As suspeitas caíram sobre um tal de Maluf (outro, não esse.). No túmulo do Giriri, jogaram um cartaz: “Foi Maluf que fez.”

Sei não, mas se o FHC continuar com essa campanha de liberação da maconha, seu apelido vai mudar ‘depressinha’ para “Fumacê”… Para ganhar votos, político defende até maconheiro. Deus me livre, que droga de gente!

Em Altinópolis, o ‘Nanão’ acabou de sair. Em Valinhos, ‘Bepe’ Spadaccia foi o rei do pedaço, como lembrou sua conterrânea Silvana Guaiume (Guaiume não é apelido, mas o sobrenome mais bonito da imprensa brasileira.).

Agora, apelidos não faltam para uma futura candidata à presidência desta republiqueta. Na época do terror, embaixo do seu retrato entre os terroristas mais procurados, estava escrito “Estela”, “Luiza”, “Patrícia” e “Wanda”. Eram os codinomes.

Ela comandou o assalto a mão armada à casa do irmão de Ana Capriglione, grande amantíssima do ex governador Adhemar de Barros, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Entre seus comandados estava Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente do Lulla. Crlos Minc, mas podiam chamar de “Jair” ou “Orlando”, que era ele mesmo.  Roubaram uma urna marajoara abarrotada de dólares – US$ 2,86 milhões.

Quando falava ao telefone com Ana Capriglione, o bonachão Adhemar disfarçava e chamava dona Ana de “Dr. Ruy”, num deboche ao seu desafeto Ruy Mesquita, diretor do ‘Estadão’, que já mais lhe deu trégua.

Pois bem. Agora, nossa querida fera Dilma Roussef chega ao pleito com apelidos a mancheias. Ou escolherá Ana Capriglione, para a campanha, em agradecimento ao dinheiro que dela a senhora ajudou a roubar? (Um segredo: se eu votasse, até votaria na senhora, por falta de opção, mas com uma condição: onde a senhora enfiou tanto dinheiro, que até precisou de indenização do povo para continuar a viver? Afinal, nossa futura presidente é comunista ou consumista?)

Pregado no poste: “Aécio é governador das Minas ou dos manos?”

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