Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2007Crônicas

Ainda serei fiel

Ele só não é mais conhecido e popular do que o primo, porque esse primo é o Treco. Mas é um dos maiores campineiros, daqueles que têm a estrela na testa. Filho do seo Pires e da dona Esther, irmão da Neide Esther e pai da Esterzinha, da Cilinha, da Sílvia, do Francisco e da Christiane. Nossa! É sobrinho da dona Linda e da dona Dulce! Treco e Estherzinha estão vendo tudo lá do céu e são os primeiros a saber que com o Cilinho no Corinthians, junto do Nelsinho, seu pupilo, eu ainda entro para a Fiel. (Ai Jesus!)

A Neide era muito popular também, tanto quanto o pai, seo Pires, com seu açougue no Mercadão (quanto jornal velho vendi para ele!). Ela apresentava um programa na Rádio Cultura, toda tarde, a uma em ponto, com o Orlindo Marçal, que também se foi há pouco. Enquanto eles estavam no ar, o Paulo Silas dava duro para segurar a audiência do “Telefone Pedindo Bis”, na PRC-9.

Há muito, mas há muito tempo mesmo, o Coringão não exibia tanta dignidade em campo e fora dele. Que dupla! Eu me lembro de quando o Cilo montou aquele timaço do XV de Jaú (foi notícia no Jornal Nacional do Armando Nogueira!), seo Palmiro Guirro, o presidente do “Galo da Comarca” se justificava com a torcida:

— Gente! Eu não preciso morar em Jaú. Vocês me deixem em paz aqui em Bauru, porque aí em Jaú, o XV tem o Cilinho! Vocês acham que em time que tem Cilinho, presidente faz falta?

E no São Paulo? O Paulo Roberto Falcão podia ser rei lá em Roma, porque no Morumbi, Cilinho é quem decidia. Enquanto o dito cujo não entrou na linha, não estreou. Foram campeões.

Quarta-feira que passou, ele e Nelsinho apareceram juntos na Fazendinha e ouvi o Cilo dizer qualquer coisa sobre empresários. Esses que se cuidem. No portaria do Majestoso, Renato Otranto viu Cilinho jogar um fora com uma peitada. Até hoje, o cara não se lembra ao certo qual era sua profissão. Esse guerreiro da Escola de Samba Acadêmicos do Ubirajara e da Portela alertou que, para ele, “empresário bom para os garotos é o pai e a mãe”. Viva ele!

Cilo e Zé Duarte, juntos, decidiram tirar a Ponte Preta do buraco e fazer dela campeã da segundona e ganhar o primeiro dos quatro títulos de vice-campeã paulista: Wilson (Valdir Peres); Nelsinho, Samuel, Dagoberto e Santos; Theodoro e Roberto Pinto; Alan, Dicá, Manfrini e Adilson.

E a molecada campeã que ele criou para o São Paulo? Agora, é a molecada do Corinthians que vai apreder a jogar bola. Sei não, mas a “Gaviões da Fiel” também acaba de ganhar sua maior figura para o Sambódromo.

Pregado no poste: “Em breve, viveremos na Venezuela do Sul ou na Bolívia Oriental”

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