Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2003Crônicas

Ai que saudade da música!

Terra de Carlos Gomes e Soninha Rubinski não nega a própria história. Olhe (e ouça!) o que vem aí: a primeira reunião dos músicos profissionais das orquestras de Campinas nos anos 40s, 50s e 60s. Será n’O Matuto, Avenida Marechal Carmona, das oito da noite em diante deste dia 15. Ouviu bem?

Já estão convidados os seguintes artistas e seus instrumentos maravilhosos: Alvarito, Aldo, Brandenbuurgo e Gilberto, no sax; Tuim, no trombone, e Bertoline, no piston. Ouça mais: Geraldo Jorge, Thiago, Sapo, Dinho, Paulo Afonso, Arnaldo (do Armorial), Hélio, Biazom e Zeza Amaral. Que time!

Agora, seo Heitor Beltrão, um dos organizadores, conta para nós quais eram as orquestras daqueles anos dourados – ele diz que a mais famosa foi a do Berico, nas horas vagas carroceiro no Largo da Estação. (Puts! Largo da Estação! Campinas tinha Largo da Estação! Hoje, a estação serve para homenagear genocidas. Pobre Campinas, infeliz cidade.!). Depois, a do Julinho e seus rapazes. Julinho era casado com uma das mais badaladas modistas do Brasil, dona Mariazinha Bocaletti.

Música, maestro! Ouça mais — atenção para os nomes: Horácio e sua Orquestra; Conjunto 707, do Lamana; Suíte Swing, do batera Guaru; Grupo Som Especial, do Nista; Orquestra Colúmbia, do Gaspar, e depois, do Brasão; Orquestra Itamarati, do João Matos; Orquestra Campineira de Música do Passado, do Joaquim Ferreira; a Alvorada, do Eduíno, a primeira especializada em “figurados” – o que é isso seo Heitor?; a Silver Boys, do Luizinho; a Mundial, do tecladista Renato, e a Imperial, do Gilberto.

Claro, eles vão homenagear, também, a turma que foi tocar para Deus. Você se lembra deles? Ouça: Fausto Massaíni (pianista, maestro e arranjador); Bóia, Geraldo, Casa Branca e Chagas (piston); Orazil, Julinho, Gusmindo e Juca (bateria); Baltasar, Clóvis, Verginelli e Ney (sax); professor Souza (violino, um mestre); Vilela (clarinete), Genésio (violão e guitarra); Alfredinho Moura (violão); Arsênio (teclado); mais os sanfoneiros Nicola “Cego” e Waldemar, sem falar do legendário Durvalino Barbosa Nello, do Regional da PRC-9.

Quer saber mais? É só ligar para o seo Heitor Beltrão, no 3271-4222; o Adir, no 3241-2538 ou o Gilberto, no 3276-7157.

Apareça, para se lembrar de como era a música.

Pregado no poste: “Só no Brasil a cesta básica sobe e a inflação desce”

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