Moacyr Castro

Crônicas, reportagens e entrevistas.

2007Crônicas

A bolsa ou a família

O governo do partido dos trabalhadores quer a Marta e o “nefasto” (segundo ela) Maluf juntos de novo. O governo do partido dos trabalhadores mandou um Cândido Vacarrezza negociar com esse nefasto (segundo a Marta), aos sorrisos numa mesa de bar (?) em Brasília (Quem pagou a conta? O povo?).

O governo do partido dos trabalhadores quer tirar o direito de greve dos servidores públicos.

O governo do partido dos trabalhadores censurou marcha de Canarval em Brasília, proibida de ser apresentada num concurso patrocinado por aquela Petrobrás, no “Fantástico”, com o dinheiro do povo. É um frevo, alegre como todos os frevos, ritmo que neste ano faz 100 anos. Composição do brasiliense Vasco Vasconcelos, cantada pelo cantor pernambucano Almir Rouche, no 31º baile do bloco Siri na Lata, em Recife. Foi um desafio ao “pudê”.

O baile foi uma farra. Na porta, a farsa “Brasil, um país de todos”, virou “Brasil, um País de Tolos”. Conta o “Jornal do Commércio”, do Recife, que no ano passado, a festa brindou o escândalo do ‘mensalão’, com o tema ‘Tem PiTza no Bordel do Siri’.

O governo do partido trabalhadores não quer que o povo ouça o que paga. Então, que o povo pelo menos leia o que o governo desse partido proíbe; como os militares, que eles tanto combatiam e hoje imitam como ninguém:

Chega de trabalho;

Basta de tanto lero-lero;

Não vou mais encher minhas mãos de calo.

Vou viver da bolsa do fome zero;

Minha mulher está muito feliz;

Já pediu dispensa do trabalho;

Não quer mais ser uma faxineira;

Pra viver dessa bolsa brasileira.

Por isso, eu canto

‘Obrigado, presidente!’

Por o senhor ter estendido a mão,

Distribuindo esmola via cartão,

Retribuído com a sua reeleição.

Este é o país que vai pra frente,

Com essa massa ociosa e contente,

Vivendo da ociosidade.

Ainda diz que isso é brasilidade.

Por isso, eu canto

‘Obrigado, presidente!’

Por o senhor ter estendido a mão,

Distribuindo esmola via cartão,

Contrariando o nosso Rei do Baião.

A arte reflete a vida. Esse “Bolsa Família” é uma fábrica de vaga…, digo, ociosos. Como não tem competência para trabalhar e criar oportunidades de trabalho, o governo do partido dos trabalhadores assume postura típica de políticos: um programa para quem não trabalha viver do suor de quem trabalha.

Pregado no poste: “Política é diagnóstico”

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